Ninguém na Porta del Sol de Madrid tinha ouvido o nome de Abdullah Mohammed Riyad até ontem de manhã. Ele era conhecido apenas como um número num total de 18 500. O número de crianças assassinadas em Gaza. O seu nome foi ouvido com Abdullah Alsayed Kul, Hamed Suleiman Mustafa Abu Khati, Mohameed Amer Yasser Al-Masri e Joud Mohammed Nour Hassenein.
Foi o diretor do Instituto Cervantes, Luis García Montero, que pôs voz aos primeiros cinco nomes de uma lista que será lida por mais de 300 personalidades da área cultural até às 10 da noite de segunda-feira. No ato — convocado pelo coletivo Artistas com a Palestina — participam figuras como Pedro Almodóvar, Silvia Abascal, Carlos Bardem ou Miguel Rios.
A concentração teve uma única intenção: “Que a lista da vergonha não cresça mais”. Assim o disse a porta-voz dos Artistas com a Palestina. E salientou que a lista com 18 500 nomes e apelidos se limita às mortes de menores registadas até julho passado. De acordo com dados divulgados esta segunda-feira pelo Ministério da Saúde de Gaza, que faz parte do governo do Hamas, 64 229 cidadãos foram mortos no conflito. 30,2% (19.423) tinham menos de 18 anos e 1 009 tinham menos de um ano.
O cineasta Pedro Almodóvar considerou que “protestar e impedir que tudo o que tem o nome de Netanyahu prospere é um ato de consciência cívica”.
PERCEBEM AGORA A RAZÃO DOS DITADORES, CANALHAS E OUTROS IDIOTAS NÃO APOIAREM A CULTURA?