sexta-feira, maio 24, 2019

Troca tintas

O SIRESP não anda nem desanda...
Isto depois de Costa ter anunciado que o acordo estava por horas....
Isto há dez dias, e....NADA!
Clara Ferreira Alves, distinta jornalista do jornal dito de «referência», da propriedade do n.º 1 do PSD, e incondicional apoiante do Costa, conhecedora, como ninguém, do carácter do primeiro-ministro, questionou o acordo das esquerdas considerando que toda a gente sabe que o secretário geral do PS é um «troca tintas»!
Percebe-se!

quarta-feira, maio 22, 2019

Ponto de Vista


Falar do caso Berardo é o que está a dar. E não só por Berardo nos ter insultado a todos, quando insultou os deputados que nos representam. A verdade é que cada português teve em Berardo um vislumbre daquilo que temos de aturar todos os dias. Há por aí Berardos às centenas. Berardos locais, regionais e nacionais. Gente que vive de golpadas, gente para quem a corrupção e a chico-espertice são um modo de vida, gente que se está a borrifar para os outros e que só pensa na forma mais rápida de enriquecer. Muita dessa gente vive pendurada nos esquemas da política, nas nomeações para a administração pública, setor financeiro e empresas mais importantes, tudo à custa dos compadrios e expedientes a que consigam deitar mão.
Berardo apenas está para essa gente como um campeão está para os desportistas de uma qualquer 3.ª divisão distrital. Pertence a uma elite de oportunistas sem escrúpulos que sabe como ninguém como nadar no lodaçal em que se transformou a sociedade, aproveitando com mestria o facto de o sistema político precisar deles como qualquer ser vivo necessita de alimento. Existem porque a democracia altamente condicionada e manipulada o permite.
Berardo suscita sentimentos mistos e contraditórios em dois grupos de pessoas cujas visões do mundo são inconciliáveis.
Muitos gostariam de ser como ele, de poder falar de cima para baixo com toda aquela arrogância, até porque já são buçais, mal formados e sem princípios. São é pobres ou apenas menos ricos do que aquilo que acham que merecem. O sentimento que os move é sobretudo a inveja e uma secreta admiração. Só estão zangados por terem percebido que foi por terem sido tão cobardes e cúmplices, enfim, por terem aceitado tudo sem questionar, que um pedante lhes entrou pela vida adentro com o maior à-vontade e os insultou também a eles, roubando-os no seu próprio terreno sem que ao menos tenham ganho alguma coisa com isso. Pertencem a uma enorme lista de espera de candidatos a serem como Berardo, se a ocasião se lhes proporcionar. Outros, como é o meu caso, sentem repulsa. Pura e simples. Instintiva. Violenta.
Ambos os grupos protestam agora com igual veemência, sendo difícil aferir quem pertence realmente a cada um deles.
Mas não são apenas as pessoas que se dividem em dois grupos. Os Berardos também. Há os que se alimentam de forma dissimulada e depois há os Berardos a sério, os Berardos de topo, aqueles que enchem a pança à vista desarmada dos cidadãos, que sabem que a impunidade é o motor de toda a corrupção e a segurança das suas vidas. São canalhas que se forjaram à custa da ignorância de um povo e com a protecção de uma comunicação social que precisa deles para se promover e para ajudar na venda dos tabloides.
Curiosamente, o grupo de Berardos dissimulados nasce do grupo de pessoas que invejam os Berardos de topo. Há ali uma espécie de universo do meio, uma transição entre o que querem ser e o que acabam por ser. Uma certa estagnação, o que não promete nada de bom, pois garante que não faltará gente que cheira a estrume mas que se perfumará sempre para cheirar a rosas.
A diferença material entre estes dois grupos de Berardos, entre os Berardos tipo “zé-ninguém” e os Berardos tipo “melhores marcadores” é a coleira que ostentam. Ou condecorações e comendas, como os candidatos a Berardos tanto gostam de lhes chamar, por vezes com incontido entusiasmo e ainda maior esperança. Isso mesmo. Uns têm-nas e outros não. Só isso.
Daí que existam também duas razões para se pedir a sua devolução. Uma é a das pessoas como eu, que acham que a coisa deveria ter começado por nunca lhas atribuírem. A outra é a das outras pessoas que referi, que também gostariam de ter uma. De preferência com centenas de milhões a cavalo e obras de arte como bónus. Nem que para isso tivessem de perder a vergonha que nunca tiveram. Tenham todos, com coleira ou sem ela, uma boa semana.

(Crónica na Rádio F - 20 de Maio de 2019)

Chico Buarque Show DVD Carreira -1















Para os muitos que desconhecem a obra do Chico Buarque.
Ouçam e meditem em cada palavra em cada frase....

terça-feira, maio 21, 2019

Votar para quê?

O não votar também é uma arma....
Em 2014 a abstenção atingiu os 66% na eleição ao Parlamento Europeu...
Em 2019 aponta-se para os 70%!
Grande trabalho feito pela elite parasitária!

Amigo da onça


A família e os fundos!

Deputada do PS conseguiu fundos europeus para projectos familiares concluídos há muito!
Mas, o mais impressionante é que os laços familiares de que se deixaram de falar no governo, também se verificam ao nível local.
A deputada em causa, na apropriação indevida dos fundos comunitários, é mulher do presidente da câmara de Castelo Branco!
Pois é....
Ainda nos fazem apelos ao voto na família?
Imbecis.


domingo, maio 19, 2019

Agradecimento

Nunca trago a este espaço o futebol e muito menos o clubismo.
Mas não posso, não devo ficar indiferente ao discurso do Bruno Lage.
Felizmente ainda há cidadãos como o Bruno Lage.
Obrigado.

https://www.dn.pt/desportos/interior/do-ambiente-a-educacao-os-temas-que-preocupam-bruno-lage-alem-do-futebol-10916275.html

Mais um exemplo de acefalia

Este país tem na sua administração incompetentes e acéfalos.
Só pode!
Veja-se este caso... mais um!
Para se votar por antecipação, no dia de hoje, tinha o cidadão que previamente se inscrever para o efeito.
Logo os serviços sabiam, antecipadamente, quantos e quem ia votar neste dia.
Em Lisboa eram apenas e tão só 8 851 cidadãos.
Mas, estranhamente, a confusão instalou-se na hora de votação e formaram-se filas enormes para se votar no único local destinado para o efeito no distrito de Lisboa.
Incompetentes e acéfalos!
Uma administração fascista e pejada de bacocos colocados pelo aparelho.... muito provavelmente alguns até familiares, em linha directa ou bastardos.
Que importa?
Acéfalos!


Hipocrisia

Uma candidata ao parlamento europeu esteve na Madeira e disse que a Comissão Europeia se prepara para alterar as reformas e é contra isso que se deve votar.
A «dama» esquece-se de dizer que as eleições são para um parlamento europeu que não tuge nem muge na acção da Comissão Europeia!
Exige-se sinceridade e honestidade no que se diz e faz!
Hipocrisia não, já chega!
O parlamento europeu é apenas uma figura de estilo, na política europeia, após o Tratado de Lisboa.
Sim, no tal «porreiro pá»!
O parlamento é para encher a pança dos deputados, assessores e demais parasitas!


E os amigos?

Costa foi à Madeira dar uma «mãozinha» ao cabeça de lista do PS ao parlamento europeu....
Num comício disse só isto: «A Madeira faz falta a Portugal»!
Claro senhor Costa, então não faz em especial à lavagem de dinheiro no offshore....
Por um acaso, só por acaso, alguém tem em mente investigar o que levou o senhor Costa dizer tal coisa?
Pois é, há coisas de que nunca me esqueço!
Feitio.


Vendedores

À atenção do Conselho de Administração do Hospital Sousa Martins, na Guarda.
Sábado e Domingo são dias de feira pelas enfermarias do Hospital Sousa Martins.
Vendem-se calendários e almanaques a favor dos missionários.
Não sei quem permite tais negócios.
Sei que um dia destes vamos ter o Joe a vender acções do BCP e dívidas da CGD!
O Robbles a vender apartamentos!
O Sócrates a vender o Dom Profano ou será o Dom Garfo?
E outros que tais a venderem calendários da Senhora da Ladeira, da Senhora do Coito ou da Senhora dos Prazeres....
Alguém que proíba tais actos ilícitos e eticamente reprováveis, logo num Hospital!
Aproveitem a feira na cidade, essa extraordinária alegoria de um Amaro fugitivo, para montarem uma banca e venderem tudo o que quiserem junto aos sanitários do Jardim José de Lemos, por exemplo!
O ar é puro.... aproveitem o cheirinho!



sábado, maio 18, 2019

Joe & José


A Caixa Geral de Depósitos adiantou a Berardo 50 milhões de euros após acordo com Sócrates! Dúvidas sobre as ligações?

 

sexta-feira, maio 17, 2019

Professores, políticos, banqueiros e bandidos

Dou início a esta crónica com uma declaração de princípio. Alguém, como eu, que ao longo da vida sempre lutou pela dignificação, em todos os aspetos, da função económica e social do trabalhador e contra todo o tipo de injustiças que sobre si sejam cometidas, não pode, não deve ficar indiferente à questão do descongelamento do tempo de serviço dos professores. Não concebo o trabalho, seja ele de âmbito intelectual ou manual, como coisa sem valor, como pretendem fazer as recuperadas e dominantes teorias neoliberais, a coberto das ardilosas formas que as inúmeras falhas da nossa democracia representativa colocam ao seu alcance.
Feito este ponto prévio e estabelecida esta premissa da defesa dos direitos de todos aqueles que trabalham, passo então à denúncia daquilo que considero serem falsidades e injustiças que importa combater.
Em primeiro lugar é falso que toda a Administração Pública tenha recuperado todo o tempo de congelamento de salários e que tenha existido a correspondente melhoria de rendimentos. As poucas migalhas, ainda assim repartidas por prestações mensais, concedidas aos trabalhadores com remuneração mais baixa, não são por isso argumento atendível para esta discussão. Para agravar a afronta, alguns grupos especiais da administração do Estado ou dos seus órgãos de soberania não sofreram dos mesmos males a que foram submetidos os mais humildes. Pode dizer-se que o mal, quando existiu, não foi repartido pelas aldeias…
Em segundo lugar, é de tal forma injusta e incoerente esta falta de partilha das migalhas entre todos os funcionários públicos, e já agora entre privados, que a própria CGTP, cujos sindicatos durante a atual legislatura pouco ou nada fizeram efetivamente em prol da verdadeira recuperação de direitos perdidos, que o seu secretário geral recuperou a pose e veio tardiamente defender o princípio de tratamento igual para os trabalhadores da Administração Pública.
A pergunta que se impõe nestas circunstâncias é sobre o que andaram os sindicalistas a fazer durante tanto tempo e em tantas reuniões com uma tutela, a mesma tutela com a qual o partido das suas simpatias políticas assinou um acordo de incidência parlamentar?
Em terceiro e último lugar, convém não esquecermos que vivemos num país em que é muito mais fácil descongelar bancos do que carreiras de funcionários públicos, e que isso cria desespero e empurra as pessoas para os extremos. Noutros países, aonde a sensibilidade social é maior do que a nossa, a extrema-direita tem crescido a olhos vistos.
Por tudo isto, se os professores poderiam até nem ter toda a razão ao reivindicarem aquilo que sabiam que jamais seria concedido a outros, recuperaram-na no dia em que o primeiro-ministro ameaçou demitir-se por sua causa. Primeiro-ministro que, recorde-se, nunca se demitiria se amanhã tivesse de entregar mais uma tranche de dois ou três mil milhões a um banco que deles necessitasse devido às fraudes e desfalques cometidos por amigalhaços do seu próprio partido!
Parafraseando alguém que colocou nestes termos a questão, a confirmar-se a reposição integral do tempo de serviço dos professores e dos funcionários públicos, em geral, que seria sempre efetuada de forma faseada, lá para 2023, os funcionários teriam salários nominais (não reais) equivalentes aos de, aproximadamente, 2010.
É deste desnorteio financeiro e governativo que falamos. Mal está o país que vê a sua sustentabilidade financeira ameaçada por em 2023 dar aos seus funcionários vencimentos de 2010! Afinal, o problema não está nos milhares de milhões que vão para os bancos e para as PPP’s, o problema não está nas fortunas que têm sido desviadas e perdoadas. O problema está mesmo é no salário justo dos funcionários públicos e do sector privado. Apenas.

(Crónica jornal O Interior - 9 de Maio 2019)

Ilusões

Comemora-se no dia 18 de Maio o Dia Mundial dos Museus.
Mais uma comemoração para fazer de conta.
Basta uma ida a um qualquer museu, deste nosso país e perceber quão ilusória e hipócrita é esta comemoração.
Os museus estão vazios. O gosto pela cultura não existe.
Pergunto onde se educa o cidadão para a cultura.
O ensino despreza a cultura. Pergunte-se a um aluno do ensino secundário algo sobre arte, em qualquer da sua dimensão, e o resultado será lastimável.
Os acéfalos querem que tudo continue na mesma!
Que os cidadãos sejam a imagem imbecil deles.
Só os que têm a sorte de ter uma família que eduque para a cultura conseguem ter uma educação completa.
Por isso é que a pimbalhada, em todas as suas facetas, faz caminho de sucesso neste país.
Quanto mais burros e imbecis perdidos no ilusório da vida de reis e rainhas é o que a corja aspira!
Façam bom proveito, rebentem como a rã que queria imitar o boi!


Ponto de vista

Voltou-se a falar de pensões esta semana. Só que o assunto passou despercebido a grande parte da comunicação social, a qual parece mais interessada nos números de circo que a nossa política nos tem servido a granel. Ficou a saber-se, de novo por intermédio de Fundação Manuel dos Santos, com base em dados compilados a partir do portal Pordata, que ao contrário da evolução na Segurança Social, o valor médio das pensões na Caixa Geral de Aposentações, que paga as reformas dos funcionários públicos que entraram no Estado até 2005, deverá descer de forma significativa, de 1 304 euros, em 2020, para 470 euros, em 2070.
Na Segurança Social, o crescimento do valor médio das pensões é explicado pela entrada de pensões “substancialmente mais altas no sistema” devido ao efeito da evolução dos salários e pelo facto de categorias profissionais com salários mais elevados (juízes, médicos, professores) terem passado, desde 1 de Janeiro de 2006, a ser cobertas pela Segurança Social, já que o pessoal admitido na função pública a partir desta data passou a ser inscrito na Segurança Social.
Porém, analisando o valor médio da pensão em proporção do salário médio entre 2020 e 2070, conclui-se que “o aumento nominal do valor das pensões de velhice da Segurança Social não será suficiente para acompanhar o crescimento do valor dos salários, devendo o rácio de benefício decair de 0,45 para 0,39”.
Quanto à descida significativa que se deverá verificar no valor médio das pensões da CGA, a tendência reflecte, por um lado, a saída progressiva de beneficiários com pensões mais altas e, por outro, as medidas tomadas nas últimas duas décadas para fazer convergir as regras dos dois sistemas.
Estima-se que o risco de pobreza entre os pensionistas com 65 ou mais anos deverá aumentar: a percentagem de pensionistas que vivem com rendimentos inferiores a 60% do valor mediano do rendimento disponível da população deverá crescer de 10%, em 2020, para 16%, em 2070.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho, tem-se verificado em toda a Europa uma tendência para a redução do nível das pensões. Nível esse que, no futuro, aponta para a cada vez maior degradação de vida dos reformados, não lhes proporcionando um fim de vida digno e condigno.
Prevê-se igualmente que o número de pensionistas, em Portugal, deverá crescer de forma significativa, passando de cerca de 2,7 milhões, em 2020, para 3,3 milhões, até 2045.
Mais tarde, devido à redução no fluxo de novos pensionistas e ao desaparecimento dos mais idosos, o número de pensionistas deverá descer de forma progressiva para 2,7 milhões de pessoas em 2070.
Contudo, prevendo-se que a população portuguesa diminua em cerca de 23%, "a partir de 2040, os pensionistas representarão mais de um terço da população portuguesa".
Em termos absolutos, a despesa total com pensões deverá aumentar de 24,8 mil milhões de euros, em 2020, para 37 mil milhões de euros, em 2070.
No entanto, como o Produto Interno Bruto (PIB) também deverá crescer, a despesa com pensões deverá crescer de 13% do PIB, em 2020, caindo para 12%, em 2070.
O que se esperava é que em época de campanha eleitoral para o Parlamento Europeu se debatessem assuntos sérios que interessem aos cidadãos e não as colaterais e supérfluos da política. Como é o caso deste assunto. Que nos digam claramente como a política de hoje despreza o social em prol do capital. Que nos digam que a Europa de hoje vendeu a alma ao diabo, em nome do lucro imediato e da ganância. Que nos digam sobretudo como é governada por uma elite corrupta e totalmente destituída de ética.
Tenham uma boa semana.
(Crónica Rádio F - 13 de Maio 2019)