A maior tragédia ferroviária, em Portugal, aconteceu há 40 anos!
Duas composições, a uma velocidade aproximada de 100 quilómetros/hora, colidiram no Apeadeiro de Moimenta-Alcafache da Linha da Beira Alta.E como sempre a culpa, mesmo com reconhecidamente de erro humano, morreu solteira.
Até hoje, 40 anos decorridos, desconhece-se o número exato de vítimas mortais do acidente.
Aponta-se para mais de 100. Muitos deles carbonizados pelo incêndio que aconteceu após o embate.
Era primeiro-ministro um tal Mário Soares e Presidente da República um, tal Ramalho Eanes.
Romarias ao local dos vários poderes não faltaram e até foi decretado luto nacional de três dias e como é hábito, anunciou-se um inquérito.
Construiu-se uma capela no local do acidente que vai ser «inaugurada»!
Tudo para enganar as famílias dos mortos e sossegar a população em geral. Lembrar que houve corpos que nunca foram encontrados.
Bastardos!
E, como sempre, ao fim de quatro anos de julgamentos - que envolveram quatro arguidos - acabaram sem culpados.
Sempre, mas sempre o mesmo. A culpa morre solteira!
Para decretarem luto nacional e anunciarem inquéritos, sabem eles, mas a segurança não lhe interessa, ontem como hoje!
À memória de todos quantos morreram no acidente que os poderes instalados tudo fizeram para esquecer.
A Bem da Nação!
Nação que quando não nos protege é uma quadrilha!