Dos
230 deputados à Assembleia da República, 117 estão em regime de part-time,
acumulando as funções parlamentares com outras actividades profissionais no
sector privado.
Todos eles pertencem ou ao PSD, ou ao PS ou ao CDS.
Advogados,
juristas, médicos, engenheiros, consultores, empresários, etc.
Em diversos
casos, prestando serviços remunerados a empresas que operam em sectores de
actividade fiscalizados por comissões parlamentares que os mesmos deputados
integram.
Ao que se acrescem as ligações a empresas (cargos de administração,
participações accionistas, serviços de consultoria, etc.) que beneficiam de
iniciativas legislativas, subsídios públicos ou contractos adjudicados por
entidades públicas visando a execução de obras, o fornecimento de produtos ou a
prestação de serviços.
Conflitos de interesses?
Dezenas de exemplos concretos
são apresentados nas páginas deste livro,
“Os privilegiados”, de Gustavo Sampaio.
Dos corredores do poder
político para as salas de reunião dos conselhos de administração, e demais
órgãos sociais, das maiores empresas portuguesas, com ou sem período de nojo.
Um fluxo recorrente entre cargos públicos e privados.
Das 20 empresas cotadas
no índice PSI 20, por exemplo, 16 contam com ex-políticos em cargos de
administração. Por vezes são ex-governantes que decidiram sobre matérias que
implicam as empresas para as quais vão depois trabalhar, ou até administrar.
Mas
há mais…
Desde
o 25 de Abril, mais de metade – 54% – de todos os membros do Governo
trabalharam no sector financeiro.
E dos últimos 19 ministros das Finanças,
quase três quartos – 14 – fizeram carreira neste sector ou em instituições
financeiras. Este último dado tem o seu quê de curioso: 14 em 19 são 73,68%. E
73,68% está numa vizinhança muito próxima dos 73,4% de intenções de voto nos
três partidos que já integraram Governos da última sondagem da Aximage.
Temos, portanto, as organizações internacionais a alertarem os portugueses para
a captura dos seus três partidos preferidos por interesses económicos opacos e
os portugueses a responderem às organizações internacionais que isto é mesmo
assim. E que ai de nós se não fosse.
Agora que está devidamente esclarecido...
VOTAR NA CORJA É UM ACTO DE COBARDIA E CONSCIENTEMENTE ESTAR A PACTUAR COM ESTE ESTADO DE COISAS!
Só o cochino não percebeu.... como sempre!
Também pactua com a corja...