Vão
hoje a debate na Assembleia da República várias propostas «para a promoção da
natalidade em Portugal»!
Dizem
que são às dezenas as propostas.Qual delas a mais cretina.
Comecemos pela oportunidade da discussão do tema.
A maioria PSD/PP escolheu a data certa para lançar mais areia para os olhos dos portugueses. Fingem que mexeram um dedo, quando o doente está em fase terminal.
A
questão da natalidade, e eles (TODOS ELES) sabem-no bem, só se resolve com um
desenvolvimento económico do país. Melhores salários, melhores condições de vida, melhores condições de acesso ao ensino, mesmo no que a corja chama de escolaridade obrigatória, com melhores bolsas, com saídas profissionais para os cursos onde as famílias investiram milhares de euros. Discutir o acessório sem se analisar, em
profundidade o essencial, é HIPOCRISIA!
Mais
uma!
E,
para os mais distraídos dizer que, o quer que venha ser aprovado não tem carácter
vinculativo para o governo, apenas e tão só…RECOMENDAÇÕES !
Logo, é o suficiente para os senhores deputados nos estarem a chamar de acéfalos com todas as letras!
Sem carácter vinculativo é o mesmo que dizer, como o outro, que «os sócios que são sócios estão de pé e, os sócios que não são sócios estão sentados»!
ENTENDIDO?
Propõe-se,
por exemplo, que se garanta o acesso universal ao ensino pré-escolar para
crianças a partir dos 4 anos de idade (em vez dos actuais 5), mas só a partir
do ano lectivo de 2016/2017. No futuro, prevê-se que a medida seja alargada
para os três anos.
Acesso
universal ao ensino pré-escolar?
Imagine-se
um casal que decide ir viver para uma daquelas terras onde o governo de
Sócrates & Lurdinhas ou do Coelho & Portas fecharam a escola. Vão ter
que pagar o transporte a uma criança de 4 anos? Criança que vai ficar TODO o
dia numa terra que não conhece e que lhe é totalmente estranha?
Mas
que pedagogia está subjacente a tal medida?
CRETINICE!
O
tal acesso que falam teria lugar lá para … 2016 e para o acesso aos 3 anos de
idade… no século 22 ou 23…!
CRETINICES!
E,
depois lá temos as medidas CONTRA OS TRABALHADORES.
A maioria propõe também a criação de um regime de trabalho parcial na
Administração Pública: os funcionários podem optar por trabalhar 50% do tempo e
receber 60% do salário se tiverem filhos menores de 12 anos ou mais de 55 anos
e netos menores de 12 anos.
Trabalhar
50% do tempo equivale a trabalhar 4 horas semanais. Ou seja, a trabalhar uma
manhã ou uma tarde. E a criança na outra metade do tempo ficaria entregue a
quem? Ou ao outro conjugue ou ficar com alguém a quem tem que se pagar,
instituição ou ama. Daqui resulta que quanto a salários e, admitindo que os
trabalhadores em causa auferem um vencimento de 500 euros, o que na função
pública é o normal, haveria lugar a um corte de 200 euros a cada um. Ou seja,
no final do mês teriam em vez dos habituais 1000 euros, a soma dos vencimentos,
apenas e tão só 600 euros. Percebe-se a razão da benesse dos 60%. Esta medida é
um incentivo?
CRETINICES!
Outra
recomendação é a de que as empresas que não cumpram as leis de protecção das
trabalhadoras grávidas vão ser mais penalizadas, sem se dizer como, nem em
quanto e, vão ser impedidas de receber subsídios do Estado!
Interessante!
As
empresas que se conhecem que exercem ou exerceram represálias sobre as
trabalhadoras foram os agiotas. Então não é que quando um banco for ao charco,
por ROUBO ou DESVIOS, o risco sistémico pode acontecer dado que não cumpriu com
as leis de protecção às mulheres.
Bem
de ver, que não vai acontecer!
CRETINICES!
E,
por fim, o lado ainda mais anedótico das «recomendações».
As
famílias com mais de três filhos têm desconto de 50% no imposto automóvel.
Mas
o que é que o Imposto automóvel tem a ver com a natalidade?
A
corja quer é proteger os poderosos que, com carros topo de gama, vão ver reduzido
o imposto.
CRETINICES!
E,
por último, propõe-se a criação de uma comissão permanente para acompanhar as
questões da natalidade no âmbito do Conselho Económico e Social.
Só
faltava mesmo uma comissão para os «bois e vacas»!
Era
mesmo disso que a natalidade precisava!
CRETINICES!
Cada vez mais tenho a certeza que aquela casa é uma casa de MAU PORTE!
Tudo se compra e vende à medida e a gosto!