segunda-feira, abril 28, 2008

As Contas

Assim vão os custos dos pareceres, uns jurídicos outros nem por isso.
Mas pagamos NÓS, os cidadãos desta Dinamarca perdida no tempo e no modo!!!


Todos os dias, porque são dias - eu penso.

Fala do Velho do Restelo ao Astronauta


Aqui, na Terra, a fome continua,
A miséria, o luto, e outra vez a fome.
Acendemos cigarros em fogos de napalme
E dizemos amor sem saber o que seja.
Mas fizemos de ti a prova da riqueza,
E também da pobreza, e da fome outra vez.
E pusemos em ti sei lá bem que desejo
De mais alto que nós, e melhor e mais puro.
No jornal, de olhos tensos, soletramos
As vertigens do espaço e maravilhas:
Oceanos salgados que circundam
Ilhas mortas de sede, onde não chove.
Mas o mundo, astronauta, é boa mesa
Onde come, brincando, só a fome,
Só a fome, astronauta, só a fome,
E são brinquedos as bombas de napalme.
José Saramago



































































Afinal quem alega o quê?

Há uns dias ouvimos o depoimento de um jovem que, jurava a «pés» juntos, ter sido alvo, na zona do porto, de «carjacking».
Afinal, descobriu-se que o jovem «apenas» quis ocultar aos papás, um acidente por ele provocado, que resultou num carro, mais um, para a sucata.
Agora, é o «caso» de Vila Real ter o seu primeiro caso de carjacking.
Alegadamente, roubaram o carro a um casal de namorados que imediatamente apresentaram queixa.
Muito bem, isso de apresentar queixa!!!
No entanto, e há sempre uns entretantos a estragar tudo, segundo a RTP, o incidente é um alegado incidente.
Alegado porquê?
Porque a secretaria da polícia de Vila Real está fechada durante o fim-de-semana.
Só na segunda-feira as forças da autoridade podem confirmar o roubo.
Que «combinações» mais complicadas.
Num caso, tivemos o alegado acidente.
No segundo, o incidente ainda não é alegado!!!
Vá-se lá perceber tudo isto.

É a saúde, estúpido.

O bastonário da ordem dos médicos foi fazer «queixinhas» ao presidente da república dos protocolos que algumas autarquias assinaram com Cuba para fazer cirurgias.
O bastonário afirmou que era possível(?) resolver o problema das listas de espera oftalmológicas sem recorrer aos contratos com a república dos Castro.
A solução pode passar por convencionar com hospitais privados ou abrir os blocos operatórios dos hospitais públicos portugueses durante a parte da tarde.

É que em Portugal só há cirurgias de manhã.

Evidentemente para convencionar com os privados é preciso pagar uns extras.
Para por os cirurgiões dos hospitais públicos a trabalhar durante a parte da tarde também é preciso pagar..... mais uns extras.
Ou seja, os médicos portugueses só resolvem o problema dos pacientes portugueses se os portugueses pagarem mais.
Ainda há quem duvide da razão dos numeros clausus nas faculdades de medicina?
É a economia, estúpido!!!!

domingo, abril 27, 2008

Ainda a limpeza


Já por aqui vamos dando conta da falta de cuidado, para sermos politicamente correctos, da publicidade que alguém vai afixando em nome do TMG.
Basta de tanta falta de limpeza e principalmente respeito pelas ruas, edifícios e tudo mais que «alguém» vai utilizando, sem cumprir uma decisão camarária que limita os locais de afixação de publicidade.
O problema é que quem está a transgredir é uma empresa municipal!!!
Afinal, para que servem os «cilindros» que a câmara comprou e mandou colocar, supostamente, para afixação publicitária?
Seria do mais elementar bom senso e civismo democrático, que os responsáveis retirassem e limpassem todos os espaços, que foram abusivamente utilizados para a a publicidade.
Agora, que até se fala em recuperação financeira da CulturGuarda!!!!

Limpeza

Anuncia-se uma nova campanha na cidade da Guarda: Cidade Limpa.
Um dos principais alvos é a limpeza dos passeios, ruas, jardins dos dejectos dos cães.
Aplauda-se a ideia.
Isto, porque há por cá ruas que são verdadeiras casas de banho de cães, gatos e outros animais, ditos irracionais mas não só!!!
Uma questão de saúde pública.
Importa que cada cidadão que leva o «seu» animal a dar o passeio higiénico, faça a limpeza de todos os detritos que o fiel amigo vai depositando por tudo quanto é sítio.
Para já não falar das substâncias orgânicas líquidas que serão de mais difícil remoção e, elas por si só motivo de grande preocupação sanitária.
Mas, importa igualmente que os animais se passeiem sempre cumprindo as regras de segurança e as normas legais vigentes, nomeadamente com trela e açaimados, pois que anda por aí muito cão que de amigo tem muito pouco.
Já agora, para quando uma actuação rápida das forças policiais sobre os animais abandonados que vão engrossando as ruas da cidade?
Importa, paralelamente, que a câmara tenha em funcionamento um canil com as condições mínimas exigíveis, para dar guarida a todos os animais abandonados.
Limpeza sim, mas salvaguardando a dignidade de um ser vivo, como é um animal.

O céu por limite

sexta-feira, abril 25, 2008

25 de Abril 1974


25 DE ABRIL


Esta é a madrugada que eu esperava

O dia inicial inteiro e limpo

Onde emergimos da noite e do silêncio

E livres habitamos a substância do tempo


Sophia de Mello Breyner Andresen

quinta-feira, abril 24, 2008

O Dia da MENTIRA


Ontem, dia 23 de Abril de 2008 os deputados do PSD/PS/CDS-PP «aprovaram» o dito novo Tratado Europeu - o Tratado de Lisboa, do «porreiro pá»!!!
A mentira foi levada, mais uma vez, ao Parlamento.
Não se dignificou a Democracia. As promessas eleitorais, mais uma vez, não foram cumpridas. Rasgadas e deitadas à valeta.
Em véspera de se comemorar o 25 de Abril, que melhor prova da negação do sentido democrático de dar voz ao Povo? De se ouvir a opinião dos Portugueses? Pior, bem pior, foi não cumprir uma promessa eleitoral!!!
Uma, mais uma, a juntar a tantas outras!!!
Trapaceiros dos interesses instalados.

quarta-feira, abril 23, 2008

A dama de lata


Aos 67 anos, Ferreira Leite vai(?) candidatar-se ao cargo de chefe do PSD.
Depois de vários erros de estratégia, eis que a dama vai voltar.
E, volta no momento menos certo.
Pergunta-se: «Para quem andou a fazer a apologia do política de Sócrates, não será esta a candidatura do princípio do fim do PSD?».
Não será a vontade de Belém? E dos Barões da «Vida Boa»?
Ou seja, tempos de vender ideias e comprar votos, não é verdade?
Em paz, eternamente, no reino dos viciados no poder, assim seja, ámen!!!

A cor do dinheiro

As ocupações do senhor Lobo são mais que muitas.
Umas são remuneradas, e bem remuneradas, pois então!!
Nada a ver com o ordenado mínimo nacional, que isso é para a pleba.
O «monarca» é:
€: Administrador da Sonaecom;
€: Administrador Independente da Mota-Engil;
€: Administrador da EMP;
€: Sócio da Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva e Associados - Sociedade de Advogados;
€: Exerce funções independentes como jurisconsulto nas áreas do Direito Financeiro e Fiscal;
€: Comentador na Quadratura di Círculo da SIC Notícias.
«Exerce» igualmente actividades ditas «não remuneradas», ou seja, não pagas na tesouraria.
&: Administrador da Fundação Serralves;
&: Membro da Direcção da Associação Comercial do Porto;
&: Membro do Conselho Executivo da SAD do Futebol Clube do Porto;
&: Presidente da Mesa da Assembleia Municipal de Penafiel;
&: Presidente da AG da Associação Cultural de Lagares - Banda de Lagares;
&: Presidente da AG dos Promotores Florestais do Vale do Sousa;
&: Presidente da AG da Associação de Desenvolvimento de Figueira;
&: Membro do Conselho para os Assuntos Económicos da Diocese de Braga.

Mas que «regedor» mais ocupado.
Os velhos tempos no Liceu José Falcão e as «arruadas» em Coimbra, com o séquito dos Relvas & C.ª deram a «formação» de base ao filho do «papá».
Para algumas pessoas o dia deve ter 72 horas!!!!!

sexta-feira, abril 18, 2008

Direcção de Estradas da Guarda pode encerrar

A Guarda pode perder mais uma direcção distrital de um serviço público.
Desta vez por causa da reestruturação da Estradas de Portugal (EP), empresa de capitais 100 por cento públicos, que se propõe acabar com aquelas entidades intermédias e centralizar os serviços numa Direcção Regional do Centro, cuja sede ainda não estará definida, para servir os seis distritos desta zona do país.
Contudo, Castelo Branco, Coimbra e Viseu parecem levar já vantagem sobre a Guarda, como sempre.
Recorde-se que, foi recentemente inaugurada as nova instalação da Direcção de Estradas da Guarda, situada na Avenida Francisco Sá Carneiro, o investimento foi superior a 1,3 milhões de euros, que poderão ficar subaproveitados com esta medida irreversível.
Enquanto alguns deputados por outros distritos se vão movimentando e exigindo, por cá o mesmo de sempre, parados, quietos e mudos.
Preocupam-se, isso sim, com os « seus tachos» que podem voar, com os apartados dos novos militantes ou com os militantes «fantasmas».
Querem lá saber do distrito e dos problemas da desertificação!!!
Não há incentivos fiscais que salvem, deste modo, o que quer que seja, só mesmo o «aparelho» partidário.

terça-feira, abril 15, 2008

Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar


Uma crónica que diz tudo sobre o estado da educação, neste Portugal de futuro.

Está aqui para consulta.

«A razão de ser, numa primeira abordagem, leva-nos a pensar que tudo se relaciona com a autêntica “diarreia” legislativa que se apoderou da 5 de Outubro. “Caem” leis, decretos, despachos, portarias, circulares e mesmo papéis anónimos nas escolas. Isto para não falar em “powerpoints” e “roadshows” tão na berra. A confusão, as contradições, as hesitações e as incoerências campeiam. Os tribunais “malham” nas decisões/interpretações legislativas do Ministério que prossegue, inexorável, a sua marcha autista em direcção àquilo que dizem ser uma escola de qualidade, de rigor, de excelência. No entanto, a ideia que fica é que tudo não passa de uma salsada monumental. Direi mais, um embuste com todas as letras.O governo por intermédio do inefável secretário de Estado João Figueiredo já deixou, em inícios de 2007, o recado – o estado deve caminhar para um Estado mínimo, limitado apenas a funções de soberania, segurança e representatividade. Resumindo, um estado tipicamente neoliberal. Como lá chegar parece um pouco complicado mas, pedra a pedra, vão deitando abaixo o edifício do estado social em que até aqui fomos vivendo.Começou-se pelo código de trabalho (a esticar-se todo para a “flexisegurança” – mais “flexi” que segurança e em constantes alterações sempre favoráveis ao patronato), a reforma da segurança social (o eterno fantasma da falência do sistema, mas não se percebe porque motivo bancos e seguradoras desejam pegar nos fundos de pensões), a reforma da saúde (fecho e mais fecho e ainda mais fecho de centros de saúde, urgências, maternidades, etc…), a reforma da justiça (fecho de serviços, reorganização da rede, …), a reforma da administração pública (a obsessão pela avaliação, SIADAP, e outros que adiante se referirão), a reforma da educação (aqui o ponto que particularmente interessa).O importante, ressalve-se, é reter que nenhuma destas reformas está isolada. Todas fazem parte de um grande pacote com um fim único e objectivo determinado – desmantelar o estado social, implantar o estado mínimo, privatizar tudo quanto seja serviço do estado passível de gerar mais valias….

Na educação o panorama apresenta as mesmas tonalidades. A orientação governativa neste sector tem caminhado num único sentido – redução de custos tendo em vista a privatização (ou a concessão contratualizada à iniciativa privada).De momento é mais notória a vertente da redução de custos e certamente não tardarão a surgir indícios muito mais claros da deriva privatizadora (embora já existam, embora um pouco camuflados).Comecemos então pela redução de custos. Sem seguir a ordem cronológica que parece pouco importante, temos a primeira marca – o novo estatuto da carreira docente. A divisão da carreira em duas (titulares e não titulares) com limitação de acesso à primeira categoria, revela a preocupação de impedir a progressão destes profissionais. Acresce que a realização do 1º concurso (?) para titulares “tapou” todas ou quase todas as vagas para esta categoria para os próximos 20 anos!!! Isto é, na realidade a carreira de cerca de 100 000 (!!!) professores poderá terminar na melhor das hipóteses no equivalente ao antigo 7º escalão. Ou seja, em termos financeiros líquidos, uma diferença de 800 euros (aproximadamente). Se isto não visar redução de custos não sei o que pretenderá então!Mas há mais no estatuto. A tão apregoada avaliação que supostamente premiaria o mérito e a competência, na realidade revela-se mais punitiva que favorecedora de boas práticas (o diploma da avaliação é um belíssimo exemplo de más práticas – um verdadeiro labirinto, ou rede de metropolitano, como já lhe chamaram). A subtileza da atribuição de quotas para excelentes e muito bons (que possibilitariam, teoricamente, uma progressão mais rápida na carreira) revelam antes uma vontade frenética de travar essa mesma progressão (mesmo nos escalões mais baixos da carreira). Revelam a vontade de manter a classe profissional com níveis remuneratórios baixos.A introdução da prova de acesso à profissão (com todas aquelas limitações) revelam que não há grande vontade de introduzir novos profissionais na carreira. O porquê ver-se-á adiante. Poder-se-ia ainda falar de inúmeras subtilezas do novo estatuto que apontam precisamente para uma redução de custos – diminuição das reduções da componente lectiva, diminuição do período nocturno, passagem para a componente não lectiva de horas que eram consideradas lectivas, etc….Isto no que diz respeito aos professores de forma directa e objectiva, porque há outras medidas que afectam a classe, os alunos e os próprios pais dos alunos. Apontem-se apenas dois exemplos – o verdadeiro dobre de finados pelo ensino especializado com a integração de muitos dos alunos com deficiência no regime normal e o fim do ensino artístico sob a forma de regime supletivo. Com as teorias macacas de uma (pseudo) integração, de (pseudo) diminuição do insucesso e (pseudo) democratização destes tipos de ensino, acaba-se com mais algumas áreas que davam despesa ao Ministério. Alguém vai ganhar com isto, e não serão certamente os alunos, os professores ou mesmo os pais dos alunos…Mesmo o tão badalado estatuto do aluno (nas suas mais variadas versões – da benaventista à valteriana, passando pela justiniana) revelam na mais recente o seu verdadeiro objectivo – impedir a retenção (porque não dizer “chumbo”) dos alunos. Mesmo daqueles que excedem os limites do razoável em faltas! Há que os passar a todos, nem que para tal se tenham de fazer duas, três ou quatro provas… É que as retenções custam dinheiro… O Estado, por força da Constituição, é obrigado a ter os alunos na escola por nove anos! Mas não mais que isso! Atente-se a este pormenor!... Portanto, quanto mais depressa o aluno concluir a escolaridade obrigatória, tanto melhor…O objectivo continua, pois, a girar em torno do mesmo – reduzir custos… Mas há outras pequenas “nuances” para reduzir custos. Umas já correm, outras aparecerão a breve trecho. Deste último grupo refiro apenas a reforma do 2º ciclo do ensino básico, com a introdução do professor “generalista” – aquele que dá todas as disciplinas, a redução/fusão de disciplinas neste ciclo e sua eventual expansão para o 3º ciclo. As que já correm são mais sub-reptícias, não tão evidentes/visíveis, mas que produzem o mesmo efeito final – reduzir os tais custos. Um exemplo delas é o constante ataque à classe, desmoralizando-a, desvalorizando-a à face da opinião pública (a célebre frase – “perdi os professores, ganhei a opinião pública” – vinda de uma dita socióloga que quer fazer reformas é paradigmática), infernizando-lhe a vida com burocracia e mais burocracia, querendo-lhe impor uma avaliação e um estatuto infames e monstruosos, numa palavra fazendo-lhes a vida negra. Há que quebrar a “classe privilegiada” que é a dos professores; nem que para tal se tenha de usar “querra” psicológica. E depois abrem uma porta para a saída – a reforma com 33 anos de serviço e 61 de idade… São, obviamente, os mais velhos e consequentemente os mais caros que irão sair, desmotivados, fartos e cansados do enxovalho psicológico, profissional e social a que foram sujeitos. São também os mais reivindicativos, aqueles que melhor conhecem o sistema e as suas falhas, aqueles que mais se opõem a esta degradação da escola e a esta pseudo-qualidade de ensino que assim são “democraticamente empurrados” para fora do sistema. E os encargos com eles acabam por sair do Ministério da Educação e ir para à Caixa Geral de Aposentações…

Mas a construção não está ainda concluída. O ministério da Educação ainda tem muita pedra para partir até chegar ao destino. Daí que tenha urgência em proceder a inúmeras mudanças. É que “há outras gentes a obrigarem a tal ser­viço”. Vamos então por partes e um pouco sem respeitar a ordem cronológica das coisas, para que melhor se compreenda o caminho da carruagem.Uma das intervenções do ME e deste governo para o fim último da agenda foi criar uma empresa – Empresa Parques Escolar (EPE) – (Decreto-Lei, nº41/2007 de 21 de Fevereiro). Para além de um vasto orçamento, património, autonomia financeira e administrativa foi-lhe passada a posse/encargo e tarefa de modernizar até 2015 o parque escolar de cento e muitas escolas secundá­rias (antigos liceus e escolas em zonas nobres do meio urbano). A empresa tem o poder de "deliberar sobre a aquisição, alienação ou oneração [aluguer] do seu património autónomo". Bom faz lembrar um pouco um processo seme­lhante que se passou com a municipalização (desclassificação) de estradas – melhoria das mesmas antes de as entregar aos municípios, ou mais recente­mente com a reorganização e saneamento financeiro das Estradas de Portugal (antiga JAE) para a já decidida privatização das ditas estradas. Quando chegar a altura e o porco estiver gordinho iremos certamente ver estas escolas à venda. (Repare-se que a EPE só intervém a nível das secundárias).A preparação do espaço/património edificado ficará assim resolvida no que concerne ao secundário (eventualmente com o 3º ciclo agarrado em alguns casos para garantir clientela/rentabilidade). Quanto ao básico o destino tam­bém já foi traçado – a municipalização de todas as escolas para ficarem sob a alçada (teórica) das Câmaras Municipais. A chamada “devolução à comuni­dade” – como se pudesse devolver uma coisa que nunca foi de quem a vai receber (enfim, contas de outro rosário). E está já previsto para Setembro de 2008. Alguns municípios ainda lançaram a escada para que os professores ficassem também sob a sua alçada (Tavira, por exemplo) … mas desta vez, pelo menos e por enquanto, o ME teve juízo. Quanto tempo mais? Não se sabe, mas Setembro de 2009 ou 2010 também já não estão muito longe.As câmaras municipais há muito que andam desejosas que tal aconteça. O motivo mais óbvio será a injecção de capital proveniente do ministério que será para aplicar nas escolas. Mas… é bem possível que outras razões existam…há escolas muito bem colocadas em território urbano…e quem sabe se não será possível embaratecer os custos recrutando outros professores? Ou contratuali­zar com empresas de formação? Ou ainda um pouco como aquilo que aconte­ceu com o recrutamento para as actividades de enriquecimento curricular do 1º ciclo! Tudo será possível. E bem sabemos como o poder autárquico é permeá­vel a influências…Um outro aspecto que convém não descurar e que diz simultaneamente res­peito ao património edificado e ao controle de despesas/custos – o fecho de escolas. Este fecho, que maior celeuma e contestação poderia provocar (e levantou mas o controle de danos foi eficiente), iniciou-se rapidamente logo no princípio da legislatura, aproveitando um certo estado de graça do governo. Também dele emanam implicações economicistas: fecham-se escolas e luga­res de professores, reduzem-se as despesas com a sua manutenção e aliviam-se as câmaras municipais de alguns encargos. Em termos de futuro fica-se com um património mais concentrado, mais apetitoso para os privados, porque menos atomizado. A construção dos centros escolares para compensar o fecho das escolas segue o mesmo raciocínio – favorecer uma privatização ou semi-privatização.Se a parte edificada fica assim resolvida há ainda outras tarefas a levar a cabo de forma a tornar atraente à cobiça capitalista aquele que se afigura como sendo um dos grandes negócios do século XXI: a privatização do ensino.Uma das “grandes pedras angulares” do projecto, e que tem passado desper­cebida (ou pelo menos relegada para 2º plano) é a questão da gestão das escolas! O projecto de lei prevê coisas bastante gravosas para as escolas, para a democracia dentro das mesmas e escancara as portas à gestão privada. De que forma?Com o fim obrigatório do órgão colegial de direcção (conselho executivo) e a sua eleição dentro da própria escola O que o ministério quer decretar é uma alteração mais profunda do que aquilo que parece fazer crer. A nova gestão não só terá na figura do director um órgão unipessoal como passará a ser escolhido por indivíduos exteriores à escola (o novo conselho geral – que substitui a assembleia de escola e é composto por mais de 60% de membros que não estão nem fazem parte da escola). É como se fosse uma assembleia geral de accionistas… Nela estão os interesses dos pais, da municipalidade, dos interesses económicos, os grupos culturais e ainda, em minoria professo­res, estudantes (eventualmente) e funcionários da escola.Porquê esta pressa na alteração? Ah! Sim, as lideranças fortes!!! Mas, se a avaliação feita ao modelo vigente pelo 115-A/98 confirmou que 87% dos exe­cutivos demonstravam boa ou muito boa capacidade de liderança, porquê isto agora?Vários motivos. Novamente uns mais claros que outros… O director, ao ser escolhido da forma como acima se referiu, vai executar as políticas que forem determinadas pela mesma assembleia-geral, supervisionada à distância pelo ministério. Mas o ministério não abdica de o controlar… daí a possibilidade de ser a qualquer momento demitido. O interessante está, no entanto, na possibi­lidade de ser alguém de fora da escola a assumir a chefia de uma escola; alguém que venha de outra escola pública…, ou de uma escola privada ou cooperativa…, ou mesmo de fora de tudo isto, bastando que seja profissionali­zado, tenha as habilitações exigidas pelo estatuto e tenha 5 anos de exercício de funções…. Até pode, no momento nem estar a leccionar…. Ora, isto não impede que uma empresa contrate um indivíduo nestas condições e avance… Com as escolas sob a alçada dos municípios abrangendo até ao 9º ano, torna-se um universo atraente para alguém investir neste sector. Só a título de curio­sidade há um município que já contratou com um consórcio de empresas a construção de 4 parques de estacionamento (a serem geridos por esse consór­cio), a construção de 13 novas escolas e a renovação de outras 13. O total do investimento é de 117 milhões de euros (aproximadamente), dos quais são 87 para os estacionamentos e os restantes para o parque escolar. Não acredito que o consórcio fique só com as receitas do estacionamento – demoraria décadas a recuperar o investimento; ainda para mais sabendo que a Câmara não vai investir 1 cêntimo que seja! (pelo menos assim o dizem).Voltando à figura do director e à (forte) possibilidade de este ser exterior à escola torna-se mais evidente que a função dele será sobretudo administrativa, fazendo prevalecer os aspectos burocráticos sobre os pedagógicos. E isto vai tornar-se complicado. Esse mesmo director pode transformar a escola numa empresa com a nomeação de capatazes (coordenadores de departamento) a seu belo prazer. E o Conselho Pedagógico fica também por ele, obviamente controlado. Os professores serão meros operários.Com a atribuição de autonomia financeira (progressiva ou não), o financia­mento dependente dos resultados dos alunos, elaborado “por cabeça” (alunos inscritos), com os interesses de autarquias à mistura e eventuais empresas também envolvidas vai surgir uma situação fazer uma grande omeleta com poucos ovos… E, mais uma vez, isso tem custos….O orçamento pode não dar para tudo…Ainda mais; o director terá capacidade para distribuir o serviço lectivo e para renovar ou fazer cessar contratos! E aqui está um outro ponto que escapa a muita gente, fiada que está na ideia de serem quadro de escola ou de nomea­ção definitiva! Este estatuto/situação acabou de vez com a publicação da Lei nº 12-A/2008 de 27 de Fevereiro (Estabelece os regimes de vínculos, de carreira e de remunerações dos trabalhadores que exercem funções públicas). O artigo 88º, no nº 4 diz claramente o seguinte: “Os actuais trabalhadores nomeados definitivamente (…) transitam, sem outras formalidades, para a modalidade de contrato por tempo indeterminado.” Isto significa tão só que o contrato pode acabar já amanhã! É quase certo que o corpo especial da função pública que são os professores vão ser integrados na carreira de técnico superior (aliás, a definição dela encaixa perfeitamente na situação de professores, médicos, enfermeiros… - veja-se a referida legislação). Outro aspecto legislativo impor­tante é que se irá aplicar aos trabalhadores da função pública a legislação geral do trabalho, com todas as implicações que tal acarretará.Assim, e para concluir esta parte, temos uma intervenção no sentido da privati­zação a dois níveis – do parque escolar e do edifício jurídico subjacente à escola. Da parte material creio ter ficado claro com o que se expões; da parte jurídica verifica-se uma aproximação à gestão privada (a futura legislação sobre gestão escolar, a desvinculação de toda a gente da função pública – despedimentos mais facilitados e aplicação da lei da mobilidade). Em termos legais ainda haverá alguma coisa a fazer mas tudo aponta para que antes do final desta legislatura o quadro esteja plenamente desenhado.(continua – a seguir: o destino final)

Para onde vai o sistema de ensino em Portugal? Qual o derradeiro destino? O que se pretende com tanta mudança em tão curto espaço de tempo? Não é, de facto, algo que se veja às escancaras. É todo um processo que quase diria subliminar, e do qual teremos a verdadeira percepção quando o edifício estiver quase todo terminado. Mas tente-se fazer um esboço.Com a ideologia neste momento predominante em Portugal, na Europa e em boa parte do mundo – o neoliberalismo desenfreado, é de crer que a escola seja cada vez mais encarada como uma empresa, mais uma oportunidade de produzir mais valias, e a formação/educação/ensino seja transformada em mais uma mercadoria e como tal tratada.As medidas tomadas (não apenas por este governo, mas também por muitos dos anteriores) visam alterar o paradigma inerente a uma escola de um estado social. Uma escola que se pretendia democrática, aberta a todos, respeitadora das idiossincrasias de todos e de cada um, dando a cada qual a oportunidade imprescindível para a sua valorização pessoal. Nem sempre os estados (em moldes genéricos e, particularmente o português) terão conseguido tal deside­rato de forma completa mas, o pouco ou muito que foi feito possibilitou a cons­trução de uma sociedade assente em valores diversos que, não submergindo a individualidade não escavacaram a noção de solidariedade.Por força da sociedade de hiper-consumo os valores alteraram-se e nada garante que para melhor. O individualismo reina, o hedonismo e o narcisismo campeiam, o egoísmo tudo subverte. Tudo se compra e tudo se vende. As escolas não vão escapar à sanha devoradora de fazer dinheiro.Portanto, a formação/educação vai tornar-se uma mercadoria como outra qual­quer. E o desenvolvimento de empresas ligadas ao ensino está já a dar os passos iniciais. Já existem alguns grupos. A título de exemplo: o Grupo Fomento (ligado à Opus Dei - http://www.fomento.pt/) e o Grupo GPS (liderado pelo ex-deputado socialista António Calvete - http://www.gpssgps.pt/). Falta ape­nas alguma produção legislativa para se começarem a assenhorear das escolas públicas. Tal produção legislativa não deverá tardar muito, embora acredite que a sua concretização apenas venha a ocorrer com o início da pró­xima legislatura (2009-2013).O sistema empresarial de ensino (que Georges Ritzer apodou de MacDonaldi­zação) reger-se-á por quatro pilares fundamentais: um programa escolar determinado centralmente pelo ministério com particular ênfase sobre a mate­mática e língua materna, decisões operacionais colocadas a nível de escola, utilização de exames como forma de avaliação das performances, formação de professores de acordo com a nova filosofia. Alguns destes princípios já estão a ser postos em execução pelo ministério como forma de preparação do terreno para o futuro.As escolas-empresa quando entrarem no terreno colocarão em prática os prin­cípios estruturantes complementares do sistema: eficiência, rentabilidade, pre­visibilidade e controle. Como corolário deduz-se facilmente que os interesses administrativos/burocráticos e o “leitmotiv” da geração de mais valias prevale­cerão sobre os pedagógicos.Este sistema será implantado sob duas formas – a primeira em resultado da municipalização do sistema de ensino básico e a segunda por uma espécie de “ajuste directo” entre o Ministério e as empresas a ser aplicado no secundário. Talvez neste caso não se chegue à privatização total mas a formas de conces­são, parcerias ou contratos de associação entre o Ministério e as empresas.A primeira das formas a avançar será a municipalização do sistema, já prevista para 2008/2009. Depressa (se é que já não têm consciência disso) as Câmaras Municipais vão chegar à conclusão que não têm vocação, capacidade, meios técnicos e humanos para gerir com eficiência toda a enorme massa estrutural que lhes vai cair nos braços, com os seus problemas muito específicos e exi­gências muito próprias. Daí a passarem a tarefa para “empresas especializadas” transferindo-lhes na totalidade (ou quase) as competências que o governo lhes delegará será um pequeno passo. E, também num futuro não muito distante vamos ver os pro­gramas curriculares (com excepção dos programas estruturantes de língua materna, matemática e língua estrangeira – inglês) serem decididos pelos gru­pos de cidadãos com interesses religiosos ou económicos ou outros. Natural­mente, nenhuma dessas empresas funcionará por “amor à causa” ou por cari­dade. O seu objectivo será a produção de mais valias – o lucro!Como tal há que rentabilizar o sistema. Há que reduzir os custos e apresentar resultados uma vez que o financiamento do sistema será feito não apenas em função dos alunos a frequentar as escolas, mas também em função dos resul­tados que estes apresentarem por comparação aos resultados nacionais.Essa rentabilização poderá passar por – contratação de professores em início de carreira com contratos precários (manterão alguns titulares para dar a apa­rência de garantia de qualidade – talvez assim se perceba o que a ministra quis dizer que 10% de professores titulares seriam suficientes e que os 30% do pri­meiro concurso eram uma benesse!); cobrança aos pais de “serviços extra” (ir buscar/levar a casa, lanche a meio da tarde, ensino de música, desporto, dança após o tempo lectivo), guarda dos alunos para além da hora estabele­cida, actividades em férias, etc… A escola a tempo inteiro que agora está a ser ensaiada destina-se a criar hábitos e a mentalizar a população dessa necessi­dade.A redução do número de professores necessários é também evidente (caso do professor generalista até ao 6º ano e possível extensão até ao 9º). Repare-se que neste último caso os que vão ter preparação específica estarão a iniciar carreira, logo, “baratitos”. Creio que será possível o alargamento da escolari­dade obrigatória para os 12 anos; mas não será para o 12º ano que esse alar­gamento será feito. Ele incidirá sobre os três anos de pré-escolar, como forma de garantir a maior clientela possível para as “empresas-escola”.No secundário o estado progressivamente irá deixar de o financiar, assim como o fará também em relação ao superior. Começarão com aumentos lentos das propinas até ao financiamento total desse ensino pelos interessados. Ou talvez embarque (mais tarde) pelo cheque-ensino e deixe de financiar de forma directa as escolas secundárias, uma vez que não estão incluídas no ensino obrigatório (da mesma forma como o ensino profissional, artístico ou especiali­zado).Resumindo iremos ter a breve trecho escolas distintas mas padronizadas de acordo com o projecto de cada empresa-escola; um pouco como as “charter schools” americanas (às quais já começa a surgir publicidade ao conceito em Portugal); surgirão empreendimentos que aplicarão o conceito supervisionado pela mentora inicial do projecto. Procurar-se à mais, pela própria natureza do finan­ciamento deste ensino, uma eficácia baseada nas performances e não em fun­ção das necessidades (daí o ênfase na matemática e língua materna, factores de comparação e ponderação em termos globais). O Estado será apenas o supremo fiscalizador e subvencionador do sistema baseado nos resultados obtidos. E as escolas que não derem rendimento pura e simplesmente fecha­rão as portas. É a lei do mercado… Não vende, não tem resultados, não tem direito à existência!Os prejudicados serão, em larga medida, os menos favorecidos. A excelência ficará reservada para as elites.»

A história recente e futura de uma nova «demagogia educacional», a euro educadores ficou aqui bem retratada.
Esperar para ver?

A (in)justiça???

Avelino Ferreira Torres está com sorte: a principal testemunha que o incrimina por corrupção, extorsão, peculato de uso e abuso de poder, enquanto presidente da Câmara do Marco de Canaveses, José Faria, fugiu para o Brasil e já manifestou a intenção de não comparecer no dia 16 – data para a qual está agendado o início do julgamento...
...Apesar da ex-chefe de Gabinete de Ferreira Torres, Assunção Aguiar, também arguida neste processo, ter tentado colocar José Faria na condição de arguido, a fim de evitar o seu depoimento como testemunha, os tribunais recusaram essa pretensão. Ao longo dos últimos dois anos, Faria – que denunciou os alegados crimes de Torres e entregou à PJ comprovativos das suas declarações – foi mudando de posição por diversas vezes: ora acusava o ex-presidente do Marco ora escrevia aos juízes a arrepender-se de ter comprometido o ex-chefe...
...O julgamento, que esteve marcado para 20 de Fevereiro, acabou por ser adiado por motivo de doença de Ferreira Torres.
Nas últimas semanas Faria reafirmava que iria a tribunal confirmar as declarações incriminatórias para Torres.
Todavia, dava cada vez mais mostras de nervosismo e admitia estar a passar por dificuldades económicas que o incapacitavam de cumprir o pagamento de dívidas...
...Surpreendentemente, no sábado passado Faria desapareceu de circulação.
A mulher afirma estar muito preocupada e as filhas apresentaram queixa na GNR no domingo. Dizem que ele não levou o carro nem fez as malas de viagem.
Um mistério, portanto.
Todavia, o Correio da Manhã já confirmou que o próprio José Faria, que é funcionário da Câmara do Marco de Canaveses, solicitou na autarquia o gozo das férias entre 7 de Abril e 3 de Maio, que lhe foram concedidas. Ontem, a mulher afirmou ao jornal estar 'muito abalada' e desconhecer o paradeiro do marido...
Sorte ou premeditação, o que é certo é que este desaparecimento cheira a esturro e a chequezinho previdente.
A moda até nem é nova e parece que tem vindo a resultar.
Enfim, pela lógica este Avelino será mais um a manobrar as teias da lei a seu favor.
Tudo normal.
Assim vai a justiça, para alguns, neste nosso santo País!!!

segunda-feira, abril 14, 2008

domingo, abril 13, 2008

Erro de texto ou de contexto?

Da Presidência da Câmara da Guarda recebeu-se o seguinte convite(?):


Só que a «missiva», publicada numa tira de papel, não corresponde à verdade.

Nem a cidade da Guarda possui um Museu de Arte Sacra, nem o Presidente da Câmara e respectivo executivo receberam procuração de ninguém para «doar» o que quer que seja, muito menos um Museu.
O que afinal o «convite» queria dizer, mas não diz, é que foi cedido à diocese um espaço para a instalação de um museu de arte sacra.
Só isso!!!
O resto é falso.
Exige-se, a quem «produz» tal missiva, mais atenção ao texto e principalmente ao contexto, para evitar confusões desnecessárias.

Tacho para namorada do primeiro

Será que alguém sabe?


A estória de um Coelho


Há na literatura vários coelhos que se celebrizaram ou pela argúcia com que se escapuliam dos caçadores, ou os que se transformaram em ídolos da Páscoa.
Neste caso o coelho é personagem da vida real.
Logo merece o epíteto de Mr. Lapin.
Lapin nasceu numa pequena aldeia beirã, de nome completo, Contenças-Vila Nova de Tázem. Uma aldeia com dois nomes próprios, na verdade, coisa importante, bem de ver!!!
Ou seja, o lugarejo «servia» de estação a duas localidades que, por falta de melhor lembrança, deu o nome à povoação.
Servia de estação, mas de estação de caminho de ferro, quando os apeadeiros ainda serviam para alguma coisa, para além das «sardinheiras» e das abóboras a secar nos telhados.
É uma pequena aldeola nas fraldas da Serra da Estrela. Faz parte da célebre linha da Beira Alta, que, em tempos idos, um comboio roufenho, vagaroso, movido a lenha percorria alegremente numa linha única!!!
Ontem como hoje o compasso da vida, e da linha, ainda é marcado pela via única da partida e onde a chegada só acontece na viagem sem retorno.
Foi assim e é ainda assim!!!
Foi a ver passar os comboios que cresceu nas Contenças, o iluminado Jota Coelho, o mr. Lapin, para os amigos!!!
A empresa familiar que mr. Lapin ia dirigindo, foi o princípio de TUDO!!!
Mr. Lapin, para além de conduzir os camiões da empresa, iniciava-se na arte da compra e venda de tijolos e sacos de cimento.
Quem diria que aqueles tempos idos, do século passado, iriam marcar de forma indelével a vida «futura» do mr. Lapin.
A construção civil será definitivamente o grande objectivo do ainda «petiz» lapin!!!
Trolha nunca, comerciante pois então!!!
O «dedo» para o negócio não lhe faltava, parece que o mr. lapin terá os cinco dedos em cada mão!!!
Comprava tijolos e vendia-os nas empreitadas que pelas redondezas iam existindo.
Negociatas, pois então!!!
Era um verdadeiro intermediário das «coisas» das obras.
Até que um dia, a Mota-Engil descobriu que, este potentado das empreitadas poderia «ajudar» a empresa.
Se melhor o pensou, melhor o executou.
Vai daí, no célebre comício dos 700, no Porto, o Mr. Lapin bota palavra.
E que palrador!!!
Anuncia aos correligionários a «sua» saída da «amada vida política», que afinal agora até já nem havia necessidade de intimidar os opositores com a célebre frase «quem se mete com o Ps leva».
Agora, Mr. Lapin dizia que há mais vida para além da política.
Então não há Mr. Lapin!!!
E de que maneira.
Então não foi Mr. Lapin que disse «que é contra a política como profissão»?
Será que o contrário já não é verdade Mr. Lapin? Ou seja fazer profissão a partir da política? Estes trocadilhos Mr. Lapin estragam tudo.
A sua política só mesmo como meio para atingir um fim, emagrecer, pois então.
Coisas de ginásio, trampolins e cavalos de arções.
Já agora Mr. Lapin foi ou não o senhor que atribuiu mais de mil milhões de euros em concessões à «sua» Mota-Engil?
A notícia do Expresso nunca foi desmentida!!!
Quem cala.............
Por isso, é que a Mota-Engil o prefere como administrador em vez de consultor, «eles» lá sabem por quê, não é verdade?
Sim, porque para consultores já lá estão o Lobo Xavier (CDS/PP) e o Valente de Oliveira (PSD).
Com um pouco de sorte até se fazia mais uma quadratura do «circo».
Coisas de marketing, agora que Mr. Lapin, ascendeu ao lugar de professor.
Professor de Marketing, precisamente!!!
Coisas do destino!!!
Marketing que tem tudo a ver com a «vida para além da política»!!!Todos percebemos.
Estão a «chegar» obras importantes que importa conhecer os «amigos» que deram «da sua graça» no governo, e noutros locais muito próprios do marketing!!!
Estão a chegar o TGV, o aeroporto de Lisboa, as pontes, os viadutos e os aquedutos porque de água e muita água se trata.
Diz o «patrão» de Mr. Lapin que o novo administrador sabe definir bem os objectivos.
Claro que sabe senhor Mota. Mas, alguém duvida?
O argumento de Mr. Lapin ao dizer «que não era rico e que precisava de trabalhar» é uma definição clara de publicidade enganosa.
Marketing, claro!!!
Mr. Lapin quantos portugueses estão na sua situação de terem de trabalhar porque não são ricos?
Só que os portugueses não usufruem de 323 mil euros como Mr. Lapin declarou ter ganho em 2005!!!
Quantos portugueses se mudaram de um apartamento, de político médio, em Oeiras, para uma casa de 550 mil euros na Quinta da Beloma, em Sintra?
Mr. Lapin disse recentemente ter aprendido muito no governo, onde conheceu muitas pessoas e isso tem o ajudado na sua vida profissional.
Pois, o tal know-how necessário e suficiente para singrar nos negócios, não é Mr. Lapin?
E que dizer do facto, estranho, da PJ «procurar» em sua casa um tabuleiro de xadrez avaliado em mais de mil euros, e cujo nome de Lapin, em português, sem acordo, ainda significa Coelho, constava na lista de «presentes» de Natal de um construtor civil de Cascais. Um tal de Américo Santos que estava a ser investigado, mas cujo processo já foi..........arquivado!!!
A génese das Contenças sempre presente.
De facto, há «gente» que tem os empregos pelas nomeações, as regalias pelas formas e o ordenado pelas influências.
Tudo dito!!!

sábado, abril 12, 2008

O que dantes eram vícios, são agora costumes


O PSI20 é composto pelas maiores empresas portuguesas no mercado de capitais. É o índice de referência do mercado de bolsa nacional, reflectindo a evolução dos preços das 20 emissões de acções de maior dimensão e liquidez seleccionadas do universo das empresas admitidas à negociação no Mercado de Cotações Oficiais.
O PSI-20 foi lançado com uma dupla finalidade: servir de indicador da evolução do mercado accionista português; e servir de suporte à negociação de contratos de futuros e opções.
Devido às suas características, o índice PSI-20 tem vindo a ser seleccionado pelo mercado para servir de subjacente a produtos estruturados, cuja rentabilidade depende, de uma ou de outra forma, do comportamento do mercado bolsista português.
Mas falamos do PSI20 pela simples e interessante razão que os ex-governantes se refugiarem nas empresas que constituem o PSI20.
Percebida a razão do interesse!!!
Estranho, não é?
Vejamos alguns casos, alguns apenas:
- Ferreira do Amaral (PSD) - LUSOPONTE;
- António Mexia (PSD) - GALP e depois EDP;
- Fernando Nogueira (PSD), Paulo Teixeira Pinto (PSD) e Armando Vara (Ps) - BCP;
- Manuela Ferreira Leite (PSD), António Vitorino (Ps) - SANTANDER-TOTTA;
- José Lopes Martins - ex-secretário de estado da saúde - Hospital Amadora/Sintra cujo contrato negociou;
- Fernando Gomes (Ps) - ministro do desporto e da Administração Interna, na GALP;
- Pina Moura (Ps) ministro das Finanças na IBERDROLA e na PRISA;
- Jorge Coelho na MOTA - ENGIL com quem negociou interesses em várias concessões.

Ou seja, o PSI20 é constituído por benfeitorias dos governadores régios!!!!

quinta-feira, abril 10, 2008

O Efe de Feia

A Guarda, no dealbar do século XX, quase se circunscrevia aos adros da Sé e de S. Vicente, como se pode constatar na planta da cidade de 1907, e era um aglomerado de casas multisseculares, recortado por ruas estreitas e sinuosas onde o sujo e o feio imperavam, opinião partilhada por Alexandre Herculano, Miguel Unamuno e Ernesto Pereira.
A imagem que deixava não era lisonjeira, como atesta a opinião de Unamuno, manifestada depois de a ter visitado no início do século, de que era uma cidade «....... feia e denegrida e forte que vigia a Espanha.» - in A Guarda Formosa na primeira metade do século XX.
Só que o efe de Feia «mudou» para «formosa», mas só mesmo para turista e como cartaz publicitário.
O resto mantém-se.
As ruas sujas, degradadas e pior de tudo a falta de higiene de alguns dos seus habitantes que vão «despejando» na via pública os baldes das limpezas de escadas, varandas e tudo mais!!!
Será muito, pedir limpeza?

Embusteiro


O Diário de Notícias publicou uma interessante comparação entre a legislação laboral tal como os socialistas a defendiam, enquanto oposição ao governo PSD/CDS, e aquilo que o Ps agora preconiza na qualidade de governo. [link]
O que pode concluir-se da comparação é que diversas medidas do Código Laboral de Bagão Félix, então criticadas na declaração de voto dos socialistas, são agora ultrapassadas em diversos aspectos anti-laborais pelo próprio Ps.
O que é que mudou nestes cinco anos? Ou melhor o que fez mudar o Ps?
O carácter das relações entre o capital e o trabalho, as regras dominantes da economia, a relação entre poder económico e político?
NÃO!!!
O que mudou foi o PS.
Passou a ser o Ps!!!
Aliás, vários acontecimentos da vida política centraram-se nestes últimos cinco anos, no supremo desígnio de liquidar o PS que havia.
Em muitas questões essenciais, o actual Ps e o PSD são gémeos separados à nascença. Mas há um aspecto fulcral que os distingue: o PS tem mais facilidade em fazer a vida negra ao mundo do trabalho que a direita propriamente dita.
Ou seja: o PS liquida direitos laborais em nome dos trabalhadores o que, por razões históricas e de registo de patente política, condiciona a contestação às suas políticas.
Na oposição, o PS capitaliza a contestação às mesmíssimas políticas que, uma vez no governo, põe em prática.
À mudança chama-se “cabala político partidária”.
Para muitos portugueses, é apenas um «companheiro» que pôs o dito «S» na gaveta!!!
Sempre a atracção do Ps pelo €€€€ ...
...... e o papel da UGT ( invenção da AFL-CIO ) dos Coutos e quejandos?
Ou seja: Foi você que pediu um Ps com D ou sem D?
D de ditame - doutrina!!!
Diferença?? Só uma questão de borbulhas, pruridos!!!!

terça-feira, abril 08, 2008

A verdadeira realidade


O governo e os acólitos continuam a apregoar, nos vários púlpitos, a baixa do deficit, como o «milagre» da senhora da ladeira!!!
Só que a economia não vai com milagres nem muito menos com ilusionismo.
O sacrifício foi de muitos cidadãos de um país que apertou até ao sufoco o mísero rendimento familiar, as pensões de fome, os encerramentos de serviços, os despedimentos, as amarguras de uma vida feita de miséria.
Hoje, escrevem os arautos do «novo oportunismo» que o deficit foi «obra» de um governo.
Nada, mas mesmo nada mais falso.
Veja-se a situação económica desta nossa região.
Em 2007 fecharam 19 (dezanove) empresas só no distrito da Guarda!!!
A nível nacional foram registadas 2 061 falências, ou seja mais 227 do que em 2006!!!
Só no concelho da Guarda encerraram 6 (seis) empresas!!!!
Desemprego e mais desemprego.
Na senda do bom caminho, senhor Sócrates, mesmo com as tais anunciadas «bonificações», não é verdade?

Acontece no oeste ........

Quase três anos de maioria Ps, no executivo camarário da Guarda, começa a ser altura de perguntar pelo que foi feito, mas principalmente pelo que foi prometido e não cumprido.
- Onde está a PLIE, a dita âncora do desenvolvimento, «gizada» para projectar o concelho e a região?
Da PLIE só se conhece um terreno asfaltado, uma panóplia de lampâdas, lembrando um arraial mas sem direito a festins, porque de empresas, NADA!!!
- E os «incentivos» fiscais anunciados, com pompa e circunstância, por Sócrates com vinda à capelinha da Senhora do Coito, com pregação a romeiros, rameiras, Comissões Fabriqueiras e mordomos?
- E o centro de incubação de empresas de base tecnológica, onde pára?
Mais um nado morto!!!
- E o péssimo estado de conservação das estradas municipais?
- E para quando o «encerramento» da VICEG?
A verdadeira «capela imperfeita» da obra dos ignóbeis projectistas da câmara da Guarda!!
- E a célebre alameda da «Ti Jaquina», que só mesmo de valente embuste se tratou!!!
- E o hotel Turismo da Guarda?
Daqui a dois meses haverá operador(?), depois de analisadas as várias propostas!!!
Ou seja o concílio dos deuses está reunido, espera-se que Baco não «desatine» com a Minerva!!!
Será que teremos «venda» ou «concessão»??
Esclareçam!!!
«Habemus papa, Leão VI»!!!

segunda-feira, abril 07, 2008

O gorduroso


Jaime Gama na abertura do Congresso da ANAFRE, Associação Nacional de Freguesias, que se realizou no Funchal, proferiu a maior e melhor homenagem que alguma vez um membro do Ps fez a Alberto João Jardim.
Estranho, ou talvez não!!!
O Presidente da Assembleia da República (AR) escolheu os 30 anos de governos Jardim para no seu discurso apresentá-lo como sendo um case study de sucesso aos autarcas presentes, um exemplo "notável" de "trabalho, sacrifício, tenacidade e determinação" e que, "apesar das divergências políticas", "temos de reconhecer que esta obra histórica tem um rosto e um nome. E esse nome é o do presidente do governo regional da Madeira".
Para quem em 1992 apelidou o “Bicho da Madeira” de “Bokassa” e o acusou de ter um défice democrático, é fantástica a cambalhota.
Mas que grande cambalhota, senhor Gama!!!
Envergonhou e desprezou todos os democratas, que na Madeira, há mais de 30 anos, pugnam por um regime verdadeiramente democrático.
Que o tivesse feito em nome de «outros» interesses, só ao senhor diz respeito.
Cada um mete a consciência onde bem entende.
Ou será que a democracia renasceu de um lado, o que ninguém notou, ou o conceito de democracia de Jaime Gama se alterou muito e para pior.
Pelos vistos, se alguém apresentar obra, pode impor défice democrático, pode perseguir, limitar direitos e regalias institucionais, beneficiar quem bajula, quem se submete às ordens do chefe.
Nada que este novo Ps não nos tenha já habituado.
Pelos vistos ele quer este caso estudado, penso que para o poder aplicar noutros locais.
Não me consigo é esquecer que esse tem sido o argumento de muito ditador.
Haverá aqui algum contágio de autoritarismo de um natural de Vilar de Maçada?
Ou será dos ares dos Bilderberg?
Dar graxa é próprio de um gorduroso de banha para untar a frigideira.
Estude-se a hipocrisia!!!!

Off-shores


sexta-feira, abril 04, 2008

Mais um que fala de papo cheio!!!


«O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, vai substitui Jorge Coelho, no programa "Quadratura do Círculo", que sai para ir presidir à construtora Mota-Engil.»
A substituição que vai agradar a toda a família «Costa», desde o Costa do Castelo ao Costa da Buraca!!
Ah!! Já agora recordar que o senhor «Lapin» foi ex-Ministro das Obras Públicas e é figura de referência do partido governamental.
Numa altura de tantas pontes, estradas, obras públicas ......... bem vista a contratação!!!
O tal da célebre frase:«Quem se mete com o Ps leva....».
Agora vai sair da toca!!!!!

Decidir dogmaticamente!!!

Rico com uniforme: Coronel
Pobre com uniforme: Carregador de malas

Rico com pistola: Precavido
Pobre com pistola: Assaltante

Rico com unhas pintadas: Play Boy
Pobre com unhas pintadas: Maricas

Rico com maleta: Executivo
Pobre com maleta: Traficante

Rico com chofer: Milionário
Pobre com chofer: Preso

Rico com sandálias: Turista
Pobre com sandálias: Pedinte

Rico que come muito: Alimenta-se bem
Pobre que come muito: Morto de fome

Rico jogando bilhar: Elegante
Pobre jogando bilhar: Viciado

Rico lendo jornal: Intelectual
Pobre lendo jornal: Desempregado

Rico a coçar-se: Alérgico
Pobre a coçar-se: Sarnento

Rico correndo: Desportista
Pobre correndo: Ladrão

Rico vestido de branco: Doutor
Pobre vestido de branco: Sorveteiro

Rico na casa de alterne: À procura de prazer
Pobre na casa de alterne: À procura de esposa.

(Recebido por e-mail)

I have a dream


Passam hoje 40 anos que Martin Luther King foi assassinado.

Aplicações financeiras


Que cada um utilize, a seu belo prazer, o seu dinheiro, ninguém tem nada com isso!!!
Agora que entidades públicas «apliquem» em «off-shores» o dinheiro público, ou seja o dinheiro de TODOS NÓS, sem dar qualquer explicação do montante nem do seu paradeiro, é GRAVE!!!
Será que temos por aí uma nova DONA BRANCA, uma nova banqueira da evasão e fraude fiscal?
Estranho, mas muito estranho é que o Banco de Portugal tarda em dar «novas»!!
Sabe-se o risco que aplicações deste género implicam, quando ainda por cima, não são controladas por entidades supervisoras nacionais.
Desconfia-se que o montante aplicado seja na ordem dos 235 milhões de euros!!!
Suposições, claro, pois quem devia prestar todos os esclarecimentos ainda não o fez.
Vá-se lá saber o porquê!!!!

Doentes mais acompanhados


O Bloco de Esquerda vai apresentar um projecto de lei que consagre o direito do utente das urgências a estar acompanhado por um familiar, no sentido de maior humanização dos hospitais e estabilidade emocional do doente, o que manifestamente irá contribuir para a melhoria dos serviços.

Um projecto que deve merecer a concordância de todos os partidos na Assembleia da República.
Ou será que há deputados, que nunca passaram pela ansiedade do familiar, que fica do lado de fora «à espera de uma informação» do doente?
Sendo assim, por que esperam???

quinta-feira, abril 03, 2008

SARL


SARL - Sociedade Anónima de Responsabilidade Limitada.

O redil


Numa das avenidas mais movimentadas da Guarda, encontra o visitante um redil...... público!!!
O aprisco situa-se na Avenida Rainha Dona Amélia, junto à cerca do Hospital, ainda dito de distrital!!!!
É uma cerca em madeira, vulgo tabuado, com tripla finalidade: «esconde» um passeio perigoso, em estado de degradação; «esconde» um monturo que existe entre prédios e para onde são «despejados» todos os detritos; relembra ao cidadão que nos visita que o cercado não guarda especialmente ovelhas e cabras, como bucolicamente poderia sugerir.
Se quanto à reminiscência e raízes campestres está tudo dito, já quanto à insegurança e limpeza muito há por dizer e principalmente por fazer.
O perigo espreita a qualquer transeunte mais desprevenido.
Mas se a segurança pouco ou nada importa ao «poder» que dizer da lixeira?
Será que o Delegado de Saúde, que trabalha ali bem perto, ainda não deu «conta» de nada?
Este Delegado anda mesmo muito distraído, neste como noutros casos de saúde pública .............
Coisas de coexistência pacífica, claro!!!