Já me tinha acontecido muita coisa na ida ao supermercado.
Desde campanhas tipo pague agora que na próxima visita descontamos 50%;
Cartões e mais cartões que se descontam na próxima visita - ou seja a fidelização ao serviço. Obrigarem-nos a ter que ir lá, «buscar» uns míseros 20 cêntimos;
Vales para descontar na Galp lá da terrinha e, a gasolineira a «dar» míseros cêntimos para descontar na próxima ida ao super;
Tudo para a fidelidade funcionar.
Agora, estar um pacato cidadão, na hora de pagar na caixa, do dito super e, ser surpreendido com a pergunta insólita, tipo peditório a favor da mulher do soldado desconhecido: QUER ARREDONDAR?
Fiquei atónito com a pergunta.
Desculpe, pode voltar a repetir a pergunta....
Sei que as funcionárias da caixa não têm culpa do que lhes mandam dizer. Tudo bem.
Só que eu não quero, não desejo contribuir para mais uma farsa.
Vem tudo a propósito de ter sido anunciado que na Sonae, a família Azevedo teve lucros na ordem de 94 milhões e, simultaneamente, Belmiro é dos mais ricos a nível mundial.
Ora, se o grupo Sonae SGPS da família Azevedo aumentou os seus lucros em 17,1 por cento para os 94 milhões de euros em 2009, para que lhes interessam os arredondamentos?
A SONAE converte todos os «arredondamentos» em doações e lá se vão mais uns impostos revertidos em deduções para a empresa.
Arredondar, não obrigado.
Se quiser contribuir sei como o fazer, sem ter que dar cavaco ao Belmiro.
Já agora, a SONAE criou no ano passado dois mil postos de trabalho, o mesmo número de empregos que a Sonae diz não poder pôr nos quadros em função do fecho obrigatórios dos hipermercados aos domingos e feriados à tarde.
Que justificação mais estapafúrdia.
Será que este argumento vai colar ao nível das outras empresas de outros sectores que estão fechados ao sábado e domingo??
A crer no efeito......