Desde os primórdios da revolução de 1820 que toda a instituição, designada de Governador Civil devia ter acabado.
Hoje, dada a inutilidade do cargo e da dita e, repetida, crise das finanças públicas era, manifestamente, um conjunto de lugares a abater, no despesismo régio.
Seria da mais elementar norma de bom senso.
Só que o clientelismo político-partidário mantém em funções um corregedor que, apenas, serve de mestre-de-cerimónias nas presenças dos governantes em cerimónias ditas de protocolo.
No resto do tempo, dedicam-se à caça, à produção de tremoços e, de vez em quando, alimentam o ego com o beija-mão em cerimoniosa celebração de incensos e mirra.
Por cá, o novo corregedor decidiu-se entrar numa de comemorações. Vai daí meteu-se numa de celebrar o centenário da República. Armou-se em Conselheiro Acácio e, vai de promover o centenário. Só que o Corregedor precisou de uma Juliana, que tal e qual a figura de Eça tem feições "miúdas, espremidas"; e a "amarelidão de tons baços das doenças de coração" parece anunciar uma vida de frustrações e de sofrimentos. Como se isso não bastasse, o penteado deforma-a até à caricatura: "Usava uma cuia de retrós imitando tranças que lhe fazia a cabeça enorme."
A Juliana será a C.ª certa para o centenário.
Mas, deixemos a Juliana e, vamos ao caso do corregedor. No último sábado, dia 6 de Março, o Conselheiro «convocou» as juventudes partidárias para uma reunião de trabalho. No respectivo convite, o Conslheiro Acácio sugeria que devido à extensão da reunião, todos os elementos seriam convidados do dito corregedor, para um almoço.
Eis senão, quando do início da reunião, o Conselheiro Acácio presenteou os convidados com um novo anúncio. Afinal o almoço seria na quinta privada do presidente da Câmara da Guarda onde, segundo o corregedor haveria uma matança de um porco ou porca, na altura não se sabia o género do animal.
Ora cá está, quando quisemos saber qual ou quais as comemorações previstas pela Câmara para celebrar o centenário, foi-nos dito que já havia um calendário das mesmas.
Só que ninguém conhece o calendário.
Agora, face ao convite endereçado, através do corregedor, para uma matança de porc@, ficou-se a saber que, mais uma vez o executivo camarário continua a sua senda de tudo comemorar com porc@s.
Vá-se lá saber o motivo!!!
Ainda arriscam o cognome de real pocilga, tal a abundância de suínos que têm feito distribuir.