domingo, março 21, 2010

Já nada resta

A Fenprof quer que docentes possam actuar detendo alunos agressivos até à chegada das autoridades, dentro e fora da escola.
A Fenprof defende que os professores sejam reconhecidos como autoridade pública, num estatuto semelhante ao das forças de segurança.
O estatuto permitiria aos professores, por exemplo, reter o aluno até à chegada da polícia. Transmitindo assim um reforço da autoridade da figura do professor, já que quem não acatar as suas ordens pode responder pelo crime de desobediência à autoridade.
No entanto, o advogado Luís Filipe Carvalho considera que a ser aplicado este estatuto deve restringir-se ao interior dos estabelecimentos de ensino. "Fora das escolas é considerado via pública e aí a responsabilidade é dos órgãos de polícia", justificou o jurista.
Ligado ao estatuto de autoridade pública está a figura jurídica da presunção da verdade, que os professores também querem ver aplicada à classe. Esta figura pressupõe que, quando denuncia um caso de violência, o docente está a falar a verdade.
"Se um professor apresenta uma queixa, as autoridades devem partir do princípio que é verdade e averiguar a partir daí", acrescenta o dirigente da Fenprof.
Decididamente esta Fenprof precisa de férias. Precisa de ir para banhos e não voltar mais.
Desde quando a um professor deve ser acometido o estatuto de autoridade pública??
Deter um aluno ou alunos enquanto a polícia não chega??
Mas estes senhores vivem noutro mundo.
E que dizer da proposta da figura jurídica da presunção da verdade???
Os professores dizem sempre a verdade?? E, quando o não fizerem sofrem castigos??
Mas que confusão paira nas mentes daqueles sindicalistas.
Estes senhores não sabem, porque já não dão aulas à muitos e muitos anos, o que é uma escola.
Conhecem-na apenas das reuniões sindicais que promovem nos estabelecimentos de ensino; conhecem-na do que lhes contam. No resto, não sabem NADA do que é a realidade de hoje numa escola.
Esta gente, da Fenprof, vem com estas propostas para esconder a sua própria incompetência nas negociações com o ministério da educação.
Estes senhores o que têm feito é serem «encornados» pelas sucessivas ministras a troco de benesses e mordomias pessoais.
Calem-se e deixem os tachos. Promovam de imediato eleições livres, coisa que nunca houve e, larguem de imediato o caciquismo que os caracteriza.
Cada vez mais os professores voltam as costas a esta corja de sindicalistas que toda a vida só olharam para a vidinha deles.
Já agora proponham que os professores possam «passar» multas pelo facto dos alunos não trazerem material para a escola; pelo facto dos alunos andarem vestidos como lhes apetece, mas que podem «ferir» a «sensibilidade» dos professores; pelo facto não atravessarem uma rua na passadeira; pelo facto dos alunos andarem sem mochila; etc...... o senhor Santos, o das finanças, agradecia e muito!!!
Será que a autoridade se revela e se impõe com um qualquer estatuto de «autoridade pública»??
A autoridade consegue-se pelo respeito e, esse consegue-se pela competência e rigor dos professores.
A Educação não se resume, nem se esgota, com estatutos de autoridade pública.
Haja vergonha!!!