A Guarda, teve em tempos, devido à sua localização, ao seu ambiente natural, um lugar de destaque no tratamento de problemas de saúde.Instalou-se, na cidade da Guarda, um dos mais importantes centros de tratamento da tuberculose - o sanatório.
Com vários pavilhões, um espaço arborizado, uma área enorme , sossego absoluto, fizeram daquele espaço um lugar onde muitos encontraram cura para uma terrível doença.
Para além do espaço físico e natural, ímpar no panorama dos centros de tratamento da tuberculose em Portugal, importa referir, porque é justo, o empenho de todos os profissionais da saúde que trabalhavam no sanatório da Guarda.
Debelada, mas não completamente irradicada, a tísica pulmonar ou "doença do peito", como era conhecida em Portugal, o sanatório é tranformado em Hospital DISTRITAL.
O vandalismo e a incúria tomam conta daquele espaço. Muitos pavilhões são saqueados.
Perdem-se para sempre livros, registos, material médico.Muita da história do sanatório desaparece num ápice.
Sucedem-se os estudos para a requalificação de todo o património.
Alguns pavilhões lá continuam, teimosamente, a provar-nos que a sua história também é a história de uma cidade, de uma região e mesmo de um País.
Mas, infelizmente para alguns não o é!
Esquecem a história e, pior, querem apagar uma memória colectiva.
Ao longo de 30 anos sucedem-se os governos e os governantes.
O Hospital, invariavelmente, aparece sempre como tema de discussão politiqueira, de arremesso de campanha eleitoral, esgrimindo-se argumentos e contra argumentos.
Resultados?
NENHUNS.
Uns dizem que têm o terreno. Outros dizem que já têm o projecto.
Uns escudam-se nas decisões do poder central. Outros no poder local.
Prometem tudo!
É desta que vai....NÃO VAI NADA!!!!
Uns fingem que fazem! outros fazem que fingem!!!!
SÓ MENTIRAS!
Quer PS quer PSD são os responsáveis pela não construção de um novo Hospital distrital.
O PS quis remendar.
Como um remendo nunca é solução, o «pano» rasgou ainda mais!
O Bloco Operatório, de tempos a tempos, fica inoperacional. Infiltrações de água, canos que rebentam.... o caos!
Os «novos» gabinetes de atendimento são exíguos!
Médicos, enfermeiros, todo o pessoal que trabalha no Hospital e, principalmente os doentes DESESPERAM!
É QUE NÃO HÁ CONDIÇÕES!!!
Até já tivemos o caso, de um minitro da saúde, que perante tantas queixas, teve o desplante de partir uma cadeira.
Ficou-se pela cadeira!!!
Promessas form mais que muitas, desde Cavaco, Luís Filipe Pereira, Durão e Sócrates.
Comícios e festanças mais que muitas a anunciarem aos guardenses que «com eles» o Hospital da Guarda ia ser uma realidade.
NADA!!!!!
MENTIRAM!
Os putativos deputados do distrito NADA fizeram, NADA fazem.
O novo Hospital foi um embuste.
Não houve, não há vontade política de construir um NOVO Hospital.
Depois de esgotadas(?) as hipóteses de termos um NOVO Hospital, eis senão que as verbas do PIDDAC para o distrito, não contemplam sequer a remodelação e ampliação do actual Hospital.
O PS que sempre preferiu esta solução, vê agora «os amigos», as «magistraturas de influência» trairem os seus intentos.
Tudo estava devidamente programado!
Pois se até o projecto FALTA PAGAR!
Quem ainda acredita nas promessas destes senhores?
Segundo «estudos» devidamente anunciados, o Hospital da Guarda vai desenvolver o serviço intermédio, numa escala definida pelo governo de Sócrates.
Ou seja, o Hospital da Guarda desempenhará os serviços que o Centro Hospitalar da Covilhã, dominado pelo grupo Mello, quiser, e não os serviços que a população do DISTRITO tem direito. Que serviços o «poder do capital» vai deixar na Guarda?
A maternidade fica?
Acusam-nos de demagogia quando defendemos que a população do distrito da Guarda merece um NOVO Hospital com todas as valências, e que era necessária uma tomada de posição firme, enérgica perante o poder central.
Preferiram «marcar» entrevistas com o ministro. Só que o ministro mandou dizer que não tinha tempo para os ouvir!!!
Hoje, os mesmos choram lágrimas de corcodilo - mais uma vez só para enganar, bem sabem que as decisões já estão tomadas, E MAL TOMADAS!!!!
A cidade, o distrito tudo perdem, culpa da inépcia, da submissão aos interesses pessoais e partidários e nunca em defesa dos legítimos interesses, necessidades e anseios das populações.
