sábado, novembro 18, 2006

Hospital Sousa Martins, que futuro?


No dia 10 de Novembro o presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, reuniu com as três administrações hospitalares da região, Guarda, Covilhã e Castelo Branco.
A reunião era aguardada com alguma expectativa, pois sabia-se que iam ser «gizadas» a régua, esquadro e compasso, as várias valências que cada unidade ia ter em função do Centro Hospitalar da Beira Interior.
No final, o senhor presidente não quis dizer quais as conclusões da reunião.
Vá lá saber-se o porquê de tanto secretismo.
Se as decisões já estão tomadas então que as publicitem. Ou são tão gravosas para as populações que não interessa agora divulgá-las? Lá mais para o Natal ou no Ano Novo....como prenda bem embrulhada em fita de mata-moscas com o cartão do senhor presidente do conselho.
Já se sabe que os responsáveis «selaram um acordo» sobre a distribuição das especialidades de referência na Guarda, Covilhã e Castelo Branco.
Que acordo?
As populações não têm direito a saber?
Pois não......
É assim que estes senhores trabalham, dentro do maior secretismo e.....sem ouvir os interessados.
Já não falamos das populações porque estas apenas interessam em número....quantos partos, quantas consultas, quantas operações, quantas........quantos....... óbitos.........só mesmo números.
Diz o senhor presidente que «....Com esta solução, as populações ganham em acessibilidade...».
Mas que solução?
Ganhamos em acessibilidade? Estará o senhor director a falar de que acessibilidade?
Da A23 ? Será?
Sem nunca referir o «trabalho» realizado pelos decisores da saúde eis que o senhor director remata com «....as instituições também(ganham), porque as especialidades que existem actualmente vão continuar a ser prestadas em regime de ambulatório ou internamento....»
Tudo claro, pois então!
E os profissionais da saúde foram ouvidos?
É que este modelo vai implicar maior mobilidade dos médicos entre os hospitais que vão ser referência para as principais especialidades.
«O Centro Hospitalar é uma entidade única e a mobilidade vai reger-se de acordo com a lei vigente», disse o senhor director.
Afinal os médicos não têm só razões de queixa das anteriores administrações hospitalares, o comportamento agora é idêntico.
Quero, posso e......mando. Mando calar e nem dar voz a quem quer ser ouvido.
E quanto a obras?
Tudo adiado. Não vai haver obras no Hospital Sousa Martins.
Maternidade?
Bem, sobre a maternidade NADA!
Nenhuma das três maternidades da Beira Interior vai fechar em 2007, porque o futuro Centro Hospitalar da Beira Interior (CHBI) ainda não estará constituído no próximo ano.
Depois do alvoroço dos últimos anos, o assunto dos blocos de partos está em "banho-maria" e à espera que o primeiro Conselho de Administração do Centro Hospitalar da Beira Interior, unidade que vai juntar os hospitais da Guarda, Covilhã e Castelo Branco, entre em funções e decida.
Decida!
Lá para 2008 haverá parto, natural, a ferros ou cesariana, logo se vê.