sábado, outubro 14, 2006

Strangers on a Train


Strangers on a Train é um «thriller» de Alfred Hitchcock, o mestre do suspense.
Conta a história de dois homens que se conhecem numa viagem de comboio — um milionário (Granger) e um desconhecido (Walker).
A certa altura, o desconhecido, conhecendo os problemas do milionário, propõe o "pacto sinistro", título em português: mataria a mulher de Granger, e em troca Granger mataria o pai de Walker.
O crime despistaria a polícia, pois o assassino não teria motivos (ninguém associaria um crime a outro) e ambos teriam álibi, pois estavam em cidades diferentes.

O argumento do filme de Hitchcock tem muito de comum com o acordo, sobre a segurança social, assinado por Proença.
Proença, o sindicalista, viaja na espelunca carruagem do jogo. A bisca lambida é o jogo favorito. Ora tem duques e cenas tristes que servem de séquito, ora agarra-se à dama do poder para salvar o dinheiro da banca. Sócrates deu-lhe a banca. Proença não quis saber das reformas, olhou para os fundos e....lambeu a bisca.
O pacto estava celebrado.
«Vamos a jogo» - gritou a beatice.
«Pois vamos» - diz o Proença, «são muitos milhões, não se podem perder».
Declara-se servidor dos interesses "da classe".
Sempre preso ao jogo!!!
Ontem, hoje e amanhã, Proença, o sindicalista das "suas" lamúrias sindicais. Aquele que não tem alma nem vida própria. Aquele que vendeu a "alma" ao diabo! Aquele que perdeu a dignidade e a virgindade numa noite de jogo! Aquele que carrega o pálio para os beneditinos acordos da "concertação social" e que, no fim do préstito, sorri, sorri como vendilhão do templo.
Declara-se servidor "da classe".
Esforçadamente!
Com zelo de antigo cliente da tasca da mugueira.
Daí o tamanho do sorriso, de abade de paróquia, que exibe. Os óculos espirituais que ostenta são, a forma de candura intelectual, que escondem o pechisbeque em que o Proença se transformou. Há ali folgados exercícios venatórios e de subserviência espiritual e material. Tudo puro intelecto do mais escabroso.

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