sábado, outubro 21, 2006

Mais e mais do mesmo

dois anos eram inauguradas as novas instalações da PJ na Guarda.
Milhões de euros foram gastos na obra.
A nova sede da PJ foi inaugurada, na Praceta Nuno de Montemor, a 20 de Outubro de 2004. Trata-se de instalações modernas construídas num terreno de 1.150 metros quadrados cedido pela autarquia, tendo ficado prontas em menos de um ano e custado mais de dois milhões de euros.

Passados dois anos, surge um estudo do Ministério da Justiça que aponta para o possível encerramento daquele serviço.
Se a reestruturação for por diante, a PJ perderá o seu último serviço no interior do país. E os funcionários deverão ser acolhidos na futura Unidade Territorial do Centro, em Coimbra.
A proposta apresentada pelo PRACE prevê o encerramento de todos os DIC existentes, ou seja, de Portimão, Setúbal, Leiria, Guarda, Aveiro e Braga.
Se tal vier a acontecer, estes serviços serão integrados nas actuais direcções, nomeadamente em Faro, Lisboa, Coimbra e Porto, as quais passarão a designar-se por unidades territoriais do Algarve, Lisboa e Vale do Tejo, Centro e Norte, respectivamente.
Se o DIC da Guarda encerrar, os funcionários deverão ser transferidos para a futura Unidade Territorial do Centro, em Coimbra. Trata-se da única delegação da PJ instalada no interior do país, abrangendo toda a área do distrito da Guarda e parte Norte do distrito de Castelo Branco.
Toda esta anunciada reestruturação revela duas situações preocupantes. Por um lado o esbanjamento dos dinheiros públicos. Instalações que custaram milhões de euros vão ficar vazias.
Depois, o encerramento do DIC na Guarda e noutros pontos do País reflecte uma situação preocupante, aliás já anunciada no «pacto da justiça», que é o da investigação criminal não interessar ao poder, não foi comtemplada na reforma judicial.
Todos já percebemos a intenção da medida. Crimes de colarinho branco e punhos de renda estarão fora da alçada judicial.
Depois, atente-se na dimensão da área territorial que vai ficar sobre a jurisdição da designada unidade territorial do centro, uma enormidade. Resultado: investigação criminal já era!!! para gáudio de muitos artistas do underground.
Mas, não é só o encerramento do DIC que se anuncia!!!
Outro estudo, muito se estuda neste governo, aponta para o encerramento do Comando distrital da Polícia na Guarda.
Ou seja, de serviço em serviço, tudo se vai....
Quem ainda por cá fica vai resistindo!
Até quando?
O último apague as luzes......

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