Os professores lutam contra as propostas, do ministério de educação, de alteração ao estatuto de carreira docente e lutam por um estatuto que dignifique a profissão.
O que o M.E. propõe e quer impor é um "regime legal do pessoal docente" que viola direitos fundamentais, pretende cria duas categorias hierarquizadas de professores, aumenta as exigências para ingresso na formação, intensifica e funcionaliza o regime de trabalho dos professores e incapacita a maioria dos profissionais de exercer cargos que decorrem da sua habilitação e experiência do desempenho profissional durante parte significativa, ou mesmo, na totalidade da sua carreira.
O que o ME quer impor:
- a criação de duas categorias hierarquizadas de docentes, limitando o desempenho de algumas funções a um número restrito de professores e impedindo o acesso ao topo da carreira a mais de 80% dos profissionais docentes da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário;
- um modelo de avaliação do desempenho que, para além de estabelecer quotas de classificação, está completamente desenquadrado do que são as funções docentes, as suas exigências e as suas especificidades;
- a violação de direitos fundamentais, designadamente de maternidade e paternidade ou o direito à protecção na doença, entre outros onde se inclui o próprio direito à negociação colectiva;
- a não consideração do tempo de serviço, quer o que corresponde a este período de não contagem ( de Setembro de 2005 a Janeiro de 2007), quer do ano de serviço prestado sob o regime de contratação ou nos ensinos particular e cooperativo;
- a intensificação do regime de trabalho dos docentes, a quem são atribuídas mais tarefas na componente lectiva e não lectiva, algumas delas de duvidosa competência profissional e sem respeito pela criação de um número de horas minimamente satisfatório para o exercício da componente de trabalho individual;
- as exigências para ingresso na profissão docente, que passam pela entrevista e acabam na possível exoneração, ainda que do designado período probatório resulte uma avaliação positiva;
- a contratação directa de docentes à margem de qualquer processo de concurso;
- a não consideração das formações acrescidas, pós-graduações ou graus académicos obtidos pelos docentes.
Em defesa dos actuais professores e educadores mas também por todos aqueles que aspiram a ser profissionais da educação, HOJE É DIA DE LUTA!
O professor está sempre errado!
Se é jovem, não tem experiência
Se é velho, está superado
Se não tem carro, é um coitado
Se tem carro, chora de "barriga cheia"
Se fala em voz alta, grita
Se fala em tom normal, ninguém o ouve
Se não falta às aulas, é um tontinho
Se falta, é um "turista"
Se conversa com outros professores, está a falar mal dos alunos
Se não conversa, é um desligado
Se dá a matéria toda, não tem dó dos alunos
Se não dá a matéria, não prepara os alunos
Se brinca com a turma, arma-se em engraçado
Se não brinca, é um chato
Se chama à atenção é um autoritário
Se não chama, não se sabe impor
Se o teste de avaliação é longo, não dá tempo
Se o teste de avaliação é curto, tira as chances dos alunos
Se escreve muito, não explica
Se explica muito, o caderno não tem nada
Se fala correctamente, ninguém entende
Se fala a "língua" do aluno, não tem vocabulário
Se o aluno é reprovado, foi perseguição
Se o aluno é aprovado, o professor facilitou.
É verdade, o professor está sempre errado!
Mas se conseguiu ler este texto e o percebeu, agradeça aos seus professores. Foram eles que o ensinaram a ler, a escrever e principalmente a PENSAR!
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