Portugal continua igual ao que foi há séculos. Sempre uma canalha armada ao "pingarelho" destituída de tudo, menos de lábia, mas a fazer vida de ricaços a aparecerem em tudo o que são festas, eventos da sociedade nojenta. São recebidos nos palácios da agiotagem a pedirem milhões e depois não pagam. Qual o cidadão português que não gostaria de ter um tratamento destes? Pedem milhões para todo e qualquer negócio, fábricas de gambozinos e de água a ferver, para depois abrirem falência e pior, muito pior, beneficiam de perdões da agiotagem. Evidente o pobre português que caiu na infeliz ideia de pedir um empréstimo para comprar uma habitação, por mais modesta que seja, vai pagar a dobrar o empréstimo e as comissões que a agiotagem lhe cobra dão para aliviar as dívidas dos caloteiros.
A Caixa Geral de Depósitos, banco público, do todo-poderoso e eloquente administrador Paulo Macedo, perdoa dívidas em série.Quando instado a pronunciar-se cala-se.
Mas refere, sem qualquer pejo, numa apresentação de resultados do terceiro trimestre de 2025, que a Caixa Geral de Depósitos, em matéria de crédito malparado, "não existem casos importantes nos últimos cinco anos".
Pois, perdões não faltam.
Dizer, em abono da verdade, que não é só o banco público a entrar no perdão das dívidas, outros como o Millennium BCP, BPI e Novo Banco também o fazem.
O caso de um tal João Pereira Cotinho, que até detinha, ou detém, vá-se lá saber, uma ilha em Angra dos Reis, uma zona paradisíaca e exclusiva no estado do Rio de Janeiro não é virgem.
Lembrar o caso do "Joe", o Berardo, que tem créditos incobráveis por parte, nomeadamente, da Caixa Geral de Depósitos.
O banco público tem vencido todos os processos que colocou em tribunal contra o empresário madeirense, todavia o dinheiro não aparece.
Mas a festa continua.
Em julho deste ano, o Ministério Público acusou Joe Berardo e outros três arguidos de burla qualificada, por simularem uma ação cível que impediu a CGD, o BCP e o Novo Banco de reclamarem créditos no valor de mil milhões de euros relacionados com a Coleção Berardo.
E vocês só pensam no Sócrates, Salgado e outros que tais.
Há muitos mais.
