Uma clínica privada organizava a sua «vidinha» lesando o Serviço Nacional de Saúde e não satisfeita, chamava lorpas aos seus utentes, cobrando-lhes 200 euros por consulta e, ainda os chamava de imbecis por patrocinarem tais roubos.
Acontecia, é claro, em Portugal.Graça Vargas fingia que os utentes eram diabéticos para terem comparticipação de medicamentos para a diabetes, com a única finalidade de emagrecimento.
A Polícia Judiciária que deteve a médica, mas deve ser por pouco tempo, pois a "justiça" vai tratar de a colocar de novo na clínica, receitava medicamentos conhecidos dos diabéticos, mas de difícil obtenção, sempre esgotados nas farmácias, Ozempic, Victoza e Trulicity. Eram desta forma utilizados fraudulentamente para emagrecimento de obesos e obesas e com graves riscos para os diabéticos que não os conseguiam.
A médica(??) prescreveu mais de 9 milhões de euros e a Polícia Judiciária acredita que o "esquema" prejudicou o Estado em cerca de 3 milhões de euros.
Depois do caso dos dermatologistas de Santa Maria, dos famigerados "tarefeiros" que marcam o ponto à mesma hora em vários locais, pois é, investiguem, agora é o caso das falsas receitas.
Mas ainda havia uma economia paralela.
No decorrer da investigação, as autoridades encontraram mesmo um utente a quem a médica prescreveu entre 2012 e 2023 um total de 1 653 embalagens destes medicamentos. Ou seja, 23 embalagens por mês, o que pode indiciar existir uma revenda destes medicamentos.
A saúde é mesmo um negócio!
