Estranho, deveras estranho, o facto do Ministro do Trabalho e Solidariedade Social, José Vieira da Silva, não se ter pronunciado sobre a notícia do semanário O Sol, segundo o qual, «o Governo colabora na acção de Pedroso contra o Estado.
Um documento de Catalina Pestana apareceu misteriosamente nas mãos do advogado de Paulo Pedroso.
Ainda, segundo o jornal, «trata-se de um rascunho pessoal, manuscrito, que foi elaborado em 2006 por Catalina Pestana, para servir de guião a uma reunião com o ministro da Segurança Social.»
Instado pela juíza do processo a explicar como obtivera o documento, o advogado informou que lhe fora dado por Gabriel Basto, então chefe de gabinete do ministro Vieira da Silva.
A juíza mandou extrair certidão para o DIAP de Lisboa averiguar.
A acção em que Paulo Pedroso pede 800 mil euros ao Estado, por alegada prisão ilegal, está a ser julgada desde o dia 7 de Janeiro na 10.ª Vara Cível de Lisboa.
A acção em que Paulo Pedroso pede 800 mil euros ao Estado, por alegada prisão ilegal, está a ser julgada desde o dia 7 de Janeiro na 10.ª Vara Cível de Lisboa.
O julgamento decorre à porta fechada, por decisão da juíza Amélia Loupo, que considerou necessário proteger a privacidade de todos os envolvidos.
Pedroso tenta provar que os magistrados que decidiram prendê-lo, em 21 de Maio de 2003, por suspeita de 15 crimes de abuso sexual, erraram «grosseiramente» na apreciação da prova. Indicou cerca de 20 testemunhas, entre as quais, Vieira da Silva, Augusto Santos Silva (ministro dos Assuntos Parlamentares), Ferro Rodrigues (ex-líder do PS) e António Costa (presidente da Câmara de Lisboa).
Será que não vai haver mesmo nenhum esclarecimento?
Por que razão os jornalistas não questionaram o ministro?
Mais uma razão prevista no novo Código, por «motivos óbvios»?