Pizarro tem habilmente usado a comunicação social para mentir aos portugueses sobre as negociações com os médicos.
Pizarro insiste na manutenção da desigualdade em vez da equidade nos médicos.
Reflete-se, por exemplo, na reposição da jornada das 35 horas, mas apenas para os médicos especialistas hospitalares que fazem serviço de urgência.
Além disso, na dedicação plena, mantém o aumento do trabalho suplementar para além dos limites legais de 150 horas, o aumento medieval da jornada diária de 8 para 9 horas, o fim do descanso compensatório após o trabalho noturno, e a inclusão do sábado como um dia de trabalho regular para os médicos que não fazem serviço de urgência.
Pizarro/Medina & Costa insistem num salário base sem equidade entre os médicos, sem a justa actualização, e sem garantir, transversalmente, a recuperação do poder de compra para todos, culminando numa fragmentação que em nada contribuirá para atrair e fixar médicos no Serviço Nacional de Saúde.
Quando ouvirem alguém a falar de médicos, lembrem-se do que está a ser discutido e não em tretas para enganar totós.
