domingo, fevereiro 08, 2015

Os negócios e a promiscuidade noticiosa

O que todos nós gostávamos de saber é quanto foi, em percentagem e em euros, o aumento para o bolso do contribuinte entre 2011 e 2014 no pagamento pelo Governo a agências de comunicação [e já agora o nome das agências e quem é quem nas "relações perigosas" com o poder] para plantarem notícias nos jornais a enaltecer o espírito de missão e o serviço público e a defesa do Estado social pelo Governo PSD/ CDS, por coincidência, e só por coincidência, logo a seguir ao caso dos doentes com hepatite C, danos colaterais "custe o que custar".
Um medicamento, o tal, para a hepatite C, que no Egipto custa 700 euros, irá custar 24 mil em Portugal. Para já, termina assim uma conversa com quase três anos entre a soberania e o interesse público que invariavelmente se encolhem para se prostituírem a interesses privados sobre qual dos dois lados é que manda em Portugal na fixação do preço de um medicamento inovador que cura 95% dos casos, incluindo os mais graves, e que custava 41 mil euros porque uma das partes manda tudo e a outra a deixa mandar. Como se conclui com toda a facilidade, continuou a deixar e continuou a encolher-se. O Ministro da Saúde de Portugal manda menos do que o Ministro da Saúde do Egipto. A estratégia do génio Macedo resumiu-se a pôr a sua inabilidade a render na Praça da Notícia para ajudar a farmacêutica em causa a fazer mais um excelente negócio. O problema do Ministro não é que continue a morrer gente, é saber-se que continua a morrer gente. A diferença entre o preço praticado no Egipto e aquele que passará a vigorar em Portugal será prontamente compensada com novas "poupanças" com doentes daqueles que não aparecem na televisão nem fazem capas de jornal.

E o Macedo lá vai feliz, o petiz, assobiando o «Lá vamos, cantando e rindo… e o cacau a subir!»
Gostava, no entanto, que uns tipos da marca «charolesa», dos que sabem de tudo e falam de tudo, me explicassem:
1- como pode o Egipto conseguir um preço inferior ao português?
2- como pode uma Europa deixar que a indústria farmacêutica negoceie isoladamente com cada país. Já se percebeu a lógica liberal da Merkel e restante agiotagem. Negócios é com a livre concorrência.
Por fim, falar do Mendes à porta o tendes é escárnio, vómito!
O cavalheiro abriu a cloaca e saíu ....
«(...)foi uma boa negociação» (??).
«(...) foi um bom acordo» (??).
Imbecilidades.
E que dizer da tacanha falta de legitimidade democrática ao dizer que a audição no parlamento não devia ter sido feita. 
«Mandava a boa gestão política que aquela audição fosse adiada. (...) o problema foi o que aconteceu no Parlamento com o ministro a ser questionado pelo filho de uma mulher que morreu à espera do medicamento»!
VERGONHOSO TUDO O QUE FOI DITO!
Para o «Mendes à porta o tendes» o parlamento é um lugar guardado em redoma de cristal. 
INTOCÁVEL.
O que é isso do povo falar com os ministros? NUNCA.
Votam quando lhes dão autorização e ... caladinhos!
Manifestarem-se, apresentarem queixas ... na rua!
Não se incomoda, em tempo algum, os pensantes. Os que gastam tanto, do seu tempo precioso, a trabalhar para a plebe viver «bem»!
Vejam o exemplo do senhor Silva!
Parlamento é coisa que não deve incomodar nem ser incomodado!
E por fim o termo «mulher»??
MULHER?
Mas este Mendes julga-se o quê?
A cidadã deve ser tratada com TODO o respeito.
MULHER?
Este é professor de quê?
Vai fazer a prova do Crato cretino!
NÃO É MULHER QUE SE DIZ. 
DIZ-SE SENHORA. A SENHORA QUE FALECEU!
PERCEBES CRETINO?
Farto de imbecis!