Segundo um estudo da Universidade Católica Portuguesa, 59 por cento das receitas das instituições sociais católicas, em 2007, teve origem no Estado.
Religiosos ou não, católicos ou não, por cada 100 euros recebidos por estas instituições ligadas à Igreja católica, os portugueses contribuem com 59 euros.
Para a sua obra social, mas também para a agenda política que lhe subjaz, que não pode ser subestimada. Como contribuinte, para além dos aspectos do controlo menos apertado da sua aplicação e dos critérios de aplicação em despesa segundo critérios particulares e não públicos, incomoda-me a ideia de ver os meus impostos transformados em dízimo, a financiarem um poder, que pode variar entre a simples persuasão até à coacção mais extrema, exercido sobre uma população de agradecidos por uma caridade que também não cabe no meu ideal de sociedade.
Ainda andam por aí uns que querem e exigem mais e mais dinheiro do Estado para estas instituições.
Mas, afinal onde anda a caridade desta gente?
Os que recorrem a tais instituições julgam que são as ditas ordens que os ajudam.
Haja vergonha.
Porque não se publicita à porta de cada uma dessas instituições quanto cada uma recebe do Estado.
Tenham coragem.
Façam-no e não se armem em caridosos com o que não lhes pertence.
Nestas instituições ditas de caridade como nas outras paroquiais, catequistas e nas abadessas.