A notícia «era» de que o cônsul «honorário» de Portugal em Munique tinha sido suspenso.
Exactamente assim.
Quem tinha suspendido?
O Governo.
E a que propósito?
Dizem, que a suspensão surge na sequência das notícias que indicam que o cônsul, «honorário», poderá ter recebido luvas no valor de 1,6 milhões no caso dos supositórios, perdão dos submarinos.
Que o cônsul, ainda por cima «honorário», que é uma coisa com a qual embirro solenemente, tal como com parasitas, lombrigas, ténias e outras que tais, terá sido suspenso pelo governo até que a investigação sobre este assunto esteja concluída.
Esta última faz rir.
Mas é a incompetência dos que mandam.
A seguir, dizem que uma revista alemã, Der Spiegel, revela dados do processo aberto pelo Ministério Público de Munique, que terá identificado "mais de uma dúzia de contratos suspeitos" para influenciar a decisão final através de subornos.
Estes alemães dão pena.
A investigação do Ministério Público alemão à alegada prática criminosa de responsáveis do grupo Ferrostaal, a quem Portugal comprou dois submarinos em 2003, teve novos desenvolvimentos nos últimos dias com a prisão de dois quadros da empresa alemã.
Os novos dados, noticiados pela revista Der Spiegel, abrangem a acção do Governo português, então liderado pelo primeiro-ministro Durão Barroso e tendo Paulo Portas na pasta da Defesa.
Segundo a Der Spiegel, a investigação aponta dados concretos, "o diplomata honorário demonstrou a sua influência ao organizar um encontro directo no Verão de 2002 com o então primeiro-ministro José Manuel Durão Barroso".
Ele mesmo, o cicerone dos Açores, dos cafés e das alegadas fotografias vistas por ele, sobre as armas de destruição maciça, supostamente na posse dos iranianos.
A aldrabice do século.
Só isso.
Mas, valeu, ao mestre-de-cerimónias, o cargo de presidente da UE.
A revista adianta que a Ferrostaal assinou depois, em Janeiro de 2003, um acordo de consultoria com o referido cônsul onde se comprometia a pagar-lhe "0,3% do montante total do contrato, se o negócio se concretizasse" - o que deu "1,6 milhões de euros".
O arquivo «secreto» dos submarinos vendidos a Portugal é um dos cinco que os investigadores alemães estão a analisar - num "valor total aproximado de mil milhões de euros -, que se crê que o grupo [Ferrostaal] tenha celebrado através de subornos", sublinha a revista.
No caso português, o grupo Ferrostaal "ganhou o contrato de 880 milhões de euros em Novembro de 2003 - com a ajuda de subornos e vários contratos de consultoria falsos". A Der Spiegel garante que "os procuradores já identificaram mais de uma dúzia de contratos suspeitos" relacionados com a venda dos dois submarinos. "De acordo com os documentos da investigação, todos esses acordos foram feitos 'para ofuscar os rastos do dinheiro'", que serviu para pagar "a decisores no Governo português, ministérios ou Marinha".
Entre outros beneficiários estarão alegadamente, além do referido cônsul, uma firma portuguesa de advogados que contribuiu para "garantir que o contrato fosse atribuído à Ferrostaal". Os investigadores acreditam que "muito dinheiro de subornos foi pago em compensação" a esse escritório.
Possíveis visados são os escritórios de Sérvulo Correia (pelo Estado), Vasco Vieira de Almeida (pelos alemães) e José Miguel Júdice (PLMJ, pelo concorrente francês).
Tudo gente bem «colocada» no métier político-partidário do centrão e afins.Depois do antigo ministro da Defesa Paulo Portas, agora é o nome do então primeiro-ministro que surge no negócio dos submarinos, segundo a Der Spiegel.
A revista alemã Der Spiegel deu conta de uma investigação judicial alemã ao contrato de entrega de dois submarinos a Portugal que envolve o nome de Durão Barroso em actos ilícitos. O processo judicial em curso na Alemanha aponta para subornos e contratos de consultoria falsos em Portugal, Colômbia e Argentina.
O polvo e os seus tentáculos. E será que não haverá por aí por paraíso, oásis, fiscal?? Duvida-se!!!
A investigação chegou ainda a uma firma de advogados portuguesa, que, além de poder ter ajudado o contrato a pender para a Ferrostaal, terá também sido paga para "apagar o rasto de dinheiro" usado para subornar "decisores no Governo português e na Marinha".
Ora cá está!!!
Agora, hipocritamente, a bancada do PS no Parlamento vem toda lampeira apoiar a constituição de uma Comissão de Inquérito, quando num passado recente, em casos que envolviam Sócrates, deram e fizeram tudo para não haver comissões.
É que as comichões nesses casos eram muitas e agora são de outros!!!
Só que as comichões pegam-se, são pior que sarna.
Já se fala na anulação do «negócio».
Mas, e as garrafas de champanhe que as «madrinhas» Barroso (mulher do Soares) e a de Jaiminho Gama «gastaram» na inauguração e «baptismo» dos supositórios?
Será que os alemães vão aceitar de volta tais objectos conspurcados pelas «daninhas»???