Luís Figo não foi acusado de corrupção activa, no processo do Taguspark, porque não teria consciência de que o capital deste parque tecnológico era maioritariamente público(??).
O despacho de acusação, já proferido, visou três administradores, por corrupção passiva.
Já Rui Pedro Soares, João Carlos Silva e Américo Thomati foram acusados de corrupção passiva para acto ilícito por terem pago para utilizar a imagem de Figo.
Figo era suspeito de corrupção activa porque oferecera aos administradores do Taguspark uma vantagem não patrimonial - a sua aparição ao lado do candidato a primeiro-ministro, José Sócrates, na campanha eleitoral das últimas legislativa. Recorde-se que os corruptores passivos são assim considerados quando recebem vantagens patrimoniais ou não patrimoniais para si ou para terceiros. E, no caso em apreço, Américo Thomati, João Carlos Silva e Rui Pedro Soares receberam a referida vantagem não patrimonial a favor do PS.
Este processo acaba por ser algo atípico porque Luís Figo, além de ter oferecido a sua própria imagem ao PS (a tal vantagem oferecida por si e que poderia configurar um crime de corrupção activa), ainda retirou benefícios de um contrato publicitário do Taguspark, em que promoveria esta empresa a troco de 750 mil euros.
De resto, o despacho de acusação, assinado por Teresa Almeida, a coordenadora da secção do DIAP de Lisboa onde são investigados os processos de criminalidade económica e financeira mais complexos, deixou claro que o contrato publicitário firmado entre Luís Figo e o Taguspark foi de "faz de conta".
Assim vai a justiça!!!
Acusados já estão, agora falta muita coisa. Tanta coisa que um dia prescreve, ou vai haver uma vírgula a ilibar tudo!!!
E este, que capitalismo se designa? Será primo?