O Estado arrecadou quase 200 mil euros em impostos com as chamadas de valor acrescentado criadas para ajudar a Madeira depois do temporal de Fevereiro, que matou 43 pessoas, desalojou 600 e provocou avultados danos materiais.
De acordo com as contas feitas pela Lusa e que se referem apenas às chamadas de valor acrescentado promovidas pela TMN, PT e pela Sonaecom, que se «associaram» à campanha lançada pelas empresas do grupo Media Capital, foram arrecadados em impostos pelo Estado 198 120 euros, resultantes dos telefonemas e mensagens sms de solidariedade.
Nestas três campanhas de solidariedade foram recolhidos quase um milhão de euros (991 170 euros) de apoios.
Questionado pela Lusa sobre se havia alguma excepção para a cobrança de impostos nas chamadas de valor acrescentado relativas a campanhas de solidariedade, o Ministério das Finanças respondeu: "nada existir na lei que permita aplicar uma taxa reduzida".
A Lusa tentou igualmente saber se o Governo admitiria criar uma excepção para estes casos, mas não obteve resposta em tempo útil.
Assim, aos quase um milhão globalmente recolhidos nestas campanhas de solidariedade com chamadas de valor acrescentado, juntaram-se cerca de 200 mil (198 120 euros) que quem apoiou pagou de imposto (IVA) e que foram directos para os cofres do Ministério das Finanças.
É assim que se promove a solidariedade?
O senhor Santos não dorme em serviço.
Aproveita tudo para depois «dar» aos bancos.
Os únicos beneficiados com o capitalismo, o tal de casino.