sábado, fevereiro 21, 2009

Para que serve a CGD?

O deputado Francisco Louçã, do Bloco de Esquerda, acusou o governo de esbanjar dinheiro e de dar um prémio ao empresário Manuel Fino, pagando por acções da Cimpor que este deu para saldar uma dívida com o banco mais 62 milhões de euros do que estas valiam.
No momento da transacção, as acções estavam cotadas a 3,79 euros, mas o banco estatal pagou 4,75 euros.

Na edição do dia 19 de Fevereiro de 2008, o Jornal de Negócios classificava a «operação» de ruinosa para o Estado; o jornal classifica, em editorial, o caso como "escandaloso", e diz que assim "se salvaram as grandes fortunas falidas do País", acusando a Caixa de zelar pelos interesses... de Manuel Fino.

"O ministério das Finanças autoriza ou aceita a perda de cerca de 62 milhões de euros nesta operação, dado que as acções que foram pagas a 305 milhões de euros só valem cerca de 244 milhões?", questionou Francisco Louçã, recordando que Manuel Fino pedira o empréstimo à Caixa "para especular em acções do BCP".
"Com que critério numa época de tantas dificuldades se esbanja dinheiro desta forma? Como é que a Caixa se permite oferecer 62 milhões de euros a um empresário?", interrogou.
Pior ainda, denunciou o deputado bloquista, a Caixa deu "um segundo prémio" ao empresário, porque deu ao empresário uma "opção de recompra" das acções que vendeu, a qualquer momento, nos próximos três anos.
"A Caixa aceitou conceder ao devedor a opção de recompra durante três anos, o que implica que assume o risco e permite a realização de mais valias em qualquer momento desse período", critica um documento divulgado pelo Bloco.
Com esta operação, a Caixa fica na posse de 9,53% dos activos financeiros da cimenteira Cimpor.
Mas Manuel Fino detém ainda 10,57% do capital da empresa.

O empresário é também o principal accionista da construtora Soares da Costa.
Tal como Manuel Fino, os maiores investidores do mercado de capitais nos últimos anos financiaram as suas operações especulativas recorrendo a empréstimos bancários garantido pelas acções que compraram; ora, com a desvalorização das acções, a estrutura financeira dos investidores fica abalada, e sabe-se de situações em que, se a dívida fosse executada, poderiam ocorrer falências.
O investidor Joe Berardo teve de renegociar nas últimas semanas empréstimos de cerca de 1000 milhões de euros usados para investir no BCP.

Outros empresários que estarão a braços com o mesmo tipo de situação são Nuno Vasconcellos, da Ongoing, Joaquim Oliveira, da Controlinveste, João Rendeiro, da Privado Holding, Paulo Fernandes, e até Belmiro de Azevedo e Américo Amorim, segundo o semanário Expresso.

Ou seja, foram ao casino, jogaram, perderam e agora os Portugueses que paguem o vício!!!!
VERGONHOSO!!!