quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Com papas e bolos ......



O Instituto Nacional de Estatística anunciou que a taxa de desemprego no 4º trimestre de 2008 foi de 7,8%, igual ao observado no mesmo período de 2007 e superior 0,1% à que se verificou no 3º trimestre de 2008.

A população desempregada foi estimada em 437,6 mil indivíduos.

Francisco Louçã, coordenador do Bloco de Esquerda, recorda que "há muitos milhares de pessoas que estão em cursos de formação e que não aparecem como desempregados, apesar de o serem".

Em média, em 2008, a taxa de desemprego foi de 7,6%, um decréscimo de 0,4% em relação ao ano anterior.
Francisco Louçã lembrou que mais da metade dos actuais desempregados não beneficiam de subsídio de desemprego, e insistiu na necessidade de novas medidas para ampliar o benefício deste subsídio: "Estes números confirmam, apesar do 'efeito Natal', um crescimento do desemprego a acompanhar o início da recessão em Portugal e sabendo que logo a seguir, em Janeiro e Fevereiro, se tem intensificado esse agravamento do desemprego", disse.

Já todos conhecemos os critérios do INE que empurram os desempregados que deixaram de procurar activamente emprego para a população inactiva e consideram empregados todos aqueles que trabalham a tempo parcial, nem que seja apenas uma hora, pelo que ninguém estranha o fenómeno.
As estatísticas oficiais fazem bem ao ego de Sócrates, só que falseiam a realidade. Sócrates continua a falar de um País que não é Portugal.
Só assim se compreende o ar triunfalista e optimista do primeiro ministro.
Lembrar-se-á Sócrates que na campanha eleitoral de 2005 dizia que 7,1% de desemprego eram "a marca de uma governação falhada" e de uma "economia mal conduzida".

No final do 1.º trimestre de 2009, infelizmente, os dados serão bem diferentes e depois lá virá a conversa do costume, «que não se previa tamanha catástrofe, hecatombe social».

Até lá, com papas e bolos se enganam ......