domingo, julho 29, 2007

O dito não dito!


Margarida Moreira, há dois anos responsável máxima da Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) foi, reconduzida no cargo.
Em despacho, publicado no 'Diário da República” e assinado pelo primeiro-ministro e pela ministra da Educação, a directora regional vê o seu lugar garantido através de uma nova nomeação.

Depois da polémica causada pela suspensão de funções na DREN, do professor Charrua – na sequência de uma alegada anedota que contou sobre o primeiro-ministro – o Governo podia ter optado por fazer sair a directora regional.
Mostrou que não o quis fazer e, para além disso, deu-lhe claramente um voto de ...... castidade.
Depois do arquivamento, por parte da ME, do processo Charrua, o mínimo aceitável era, obviamente, a demissão da «directora» da DREN.
No despacho de arquivamento, Maria de Lurdes declara como “provados os factos de que o arguido foi acusado” justificando a sua decisão com o facto de “o visado nas afirmações do arguido seria não um superior hierárquico directo mas o próprio Primeiro-Ministro”. Ora, acrescenta ainda a ministra da Educação que “a aplicação de uma sanção disciplinar poderia configurar uma limitação do direito de opinião e de crítica política, naturalmente intolerável na nossa sociedade democrática”.
Ou seja, a ME diz tudo e nada.
Tudo porque a opinião pública lhe caiu em cima e «ela» cedeu.
Cedeu porque o mal-estar e as cólicas intestinas foram mais que muitas.
Nada, porque o óleo fígado de bacalhau viscoso, viperino e insalubre lá está, pronto para mais uma colherada a quem não «engolir» a comidinha da madre abadessa.
As regras do convento são para cumprir e, as «promessas de fé» e de «castidade» são o atestado de vida e do hábito dos cordeiros do rebanho. A suspensão que tinha sido aplicada a Fernando Charrua foi de imediato revogada.
Mas foi mesmo?
Resta saber se o professor pretende regressar à DREN e, se o fizer como será a relação com a «chefe»?
Mas, o episódio kafkiano não terminou.
O Professor pede €50 mil euros em indemnizações de “carácter simbólico”. Fernando Charrua prepara nova acção judicial para exigir a sua reintegração na DREN e admite terceira queixa contra o Estado.
O professor diz que o “valor técnico” de €25 mil definido em cada acção é da responsabilidade da sua advogada e tem apenas “carácter simbólico”. “Seria preciso muito para minorar os prejuízos patrimoniais e morais que me provocaram, sendo certo que não quero enriquecer à custa do erário”, explicou ao Expresso Fernando Charrua.
Ou seja, esta ME é só indemnizações.
Alunos do 12.º ano, aulas de substituição e caso Charrua.
Em quanto já vai a senda «contributiva» da incompetência e arrogância da ME?
Milhares de euros que pagamos todos.
Assim é a responsabilidade política!!!!