Após gorada a venda do Novobanco à La Caixa, espanhola, não permitindo um monopólio castelhano na agiotagem em Portugal, eis que se consome a venda aos franceses do Groupe BPCE.
Lembrar que o Groupe BPCE é "só" o segundo maior banco francês e o quarto maior europeu e já detém em Portugal o centro de desenvolvimento tecnológico da Natixis, no Porto.Ou seja, não se entregou o Novobanco aos espanhóis e preferiram-se os franceses.
Não há "Filipes" há "Bonapartismo".
É o "Laissez faire, laissez passer" dos tempos contemporâneos!
O dinheiro da venda é astronómico, 6,4 mil milhões de euros que serão distribuídos, generosamente, pelos americanos da Lone Star, qualquer coisa como mais de cinco mil milhões de euros e multiplicar o seu investimento por mais de cinco vezes no intervalo de tempo de quase oito anos. Brutalidade!
Lembrar aos incautos cidadãos portugueses que a Lone Star adquiriu uma participação de 75% no Novobanco em outubro de 2017, a troco de uma injeção de mil milhões de euros no banco para reforçar os rácios. Quem desembolsou os mil milhões? Os portugueses, claro!
Os restantes 25% de capital do Novobanco estão na esfera pública, designadamente do Fundo de Resolução, 13,54%, e da Direção-Geral do Tesouro e Finanças, 11,46%, que podem receber 975 milhões de euros e 825 milhões, respetivamente.
Podem!
Lembrar que os portugueses emprestaram(??), desde 2014, cerca de 6 mil milhões de euros para que o tal Fundo(??) de Resolução capitalizasse o Novobanco. E os contribuintes ainda NADA receberam, contrariando o que um Passos Coelho e a Luisinha "Albuquerque" disseram na altura da criação do Novobanco.
Mas de mentiras & ilusões já estamos todos fartos.
Por fim, mas não menos importante lembrar que o Novobanco tem mais de 4 200 trabalhadores e quase 300 balcões,
O governo já veio dizer que não haverá subsídios de desemprego para os trabalhadores do Novobanco.
Dizer ainda que o Novobanco registou lucros de 177,2 milhões de euros no primeiro trimestre do ano e é só o quarto maior banco a operar em Portugal, atrás da Caixa, BCP e Santander.
É vender o que dá lucro que os portugueses cá estão para satisfazer interesses da agiotagem.