Já
saíram as colocações do ensino superior – universidades e politécnicos,
escolas públicas!
Confirma-se
o que já todos sabíamos – estudar não é um investimento e, as famílias não
conseguem suportar tantos impostos quer directos quer indirectos para manter um
filho ou filha a estudar.
Tal
como aconteceu nos anos anteriores, os institutos politécnicos são os que
apresentam taxas de ocupação mais baixas e acabam por depender muito de outros
regimes de acesso (maiores de 23, cursos de especialização tecnológica) para
arrecadar uns euros.
Neste
momento, a taxa média de ocupação neste subsistema está apenas nos 58% (contra
87% no universitário) e há institutos com muito pouca procura nesta fase. É
caso dos de Tomar (24%), Bragança (25%), Beja, Portalegre, Castelo Branco,
Viseu, Guarda, Santarém e Setúbal, todos para já com mais de metade dos lugares
por preencher.
Mesmo
com o pseudo incentivo de 1 500 euros, a entregar a 1 000 alunos que
se inscrevam em instituições do ensino superior do interior, parece ter entusiasmado pouco
famílias e alunos!
É
que para além da hipocrisia dos números, 1 500 euros anuais, ou seja, em
média por mês, qualquer coisa como 125 euros servem para muito pouco, tudo isto cheira a «caridezinha» e não um investimento no desenvolvimento do país.
Para
pagar propinas? Não chega.
Alimentação?
Mesmo nas cantinas, muitas a funcionar só de segunda a sexta, tendo o estudante
que procurar alternativas para o sábado e domingo, não dá!
Alojamento?
Muito provavelmente não terá direito a um lugar nas residências, com péssimas
condições, logo resta-lhe o aluguer de um quarto ou dividir o custo de um
apartamento por mais 4 ou 5 colegas. E, neste caso também não chega.
Vestir,
calçar compra de livros, pagamento de fotocópias e todo o material informático
necessário para a realização de trabalhos e preparação para exames… NADA
RESTARÁ!
Disto
não se fala.
Temos
o direito de saber o número de alunos que desistem dos cursos, do número de
alunos que obtém emprego na área para a qual se formaram e não para caixa, de uma
qualquer grande ou pequena superfície ou, eventualmente, emigrarem.
NINGUÉM
FORNECE ESSES RESULTADOS.
Desde
logo, as próprias instituições escondem até onde podem, com a conivência de
muita escumalha, os números das desistências.
Depois
o próprio ministério, que tutela o ensino superior, que de NADA lhe interessa a
divulgação de tais números.
É
que ficaríamos REALMENTE a conhecer o quão ridículo é o valor de 1 500
euros anuais a distribuir por 1 000 alunos.
Resta
ainda saber como é feita a selecção dos tais 1 000 alunos.
Com
as declarações do IRS?
Pois
claro!
Até
se conhecem casos de alunos com carros topo de gama, parados em frente às
residências que usufruem, inclusive, de bolsas de estudo que lhes são atribuídas … para alimentar tais
bólides!
VERGONHOSO!
Mas
a medida do ministro [C]rato de atribuir 1 500 euros a 1 000 alunos
que se inscrevem em instituições do «interior» é verdadeiramente demagógica e
asinina.
Primeiro
que tudo para 1 000 alunos?
Mas
o que é isso num universo de alunos desde Bragança, Vila Real, Viseu, Covilhã,
Portalegre, Évora e Beja?
RIDÍCULO!
Já
nem se fala na quantia… irrisória… a brincar mesmo à caridadezinha!
Mas
há mais…
Como
se justifica tal medida, face ao encerramento das escolas desse interior, que
«parece» proteger?
Não
se entende.
Ou
será que esta acefalia não lhes permite vislumbrar que o número de alunos a
concorrerem para um curso tem a ver com qualidade e saída profissional do mesmo?
E,
já agora, quanto aos alunos que vivem no interior e que vão para Lisboa,
Coimbra ou Porto. Também recebem alguma coisa?
Afinal
onde está a equidade que faz encher a boca a uma múmia?
TUDO
ISTO, É HIPOCRISIA E DEMAGOGIA DA MAIS BARATA E RELES!
RESILÊNCIA É O QUE MUITOS ALUNOS DO SUPERIOR TÊM PARA ACABAR UM CURSO.
Para alguns!
Para outros, uma janela de oportunidades para se fazerem à vida, com bons pés de meia...mas sem saberem articular uma frase, ou uma ideia!
Para depois....