Portugal
ainda não conseguiu ultrapassar hábitos medievais que vão caracterizando,
muita da nossa péssima forma de ser e estar em sociedade.
Bem
sei que, tudo isto só é conseguido com a aprendizagem, com uma educação que
possibilite uma transformação do indivíduo por forma a ser civicamente actuante
quer comportamental quer participativamente.
Mas, desde que o construtivismo e o humanismo deram lugar ao racionalismo, dificilmente haverá mudanças estruturais.
A escola, instituição, demitiu-se de todo o processo de transformação do indivíduo, logo tudo, mas tudo, é de esperar.
São
vários os exemplos que, infelizmente, nos marcam, negativamente, em termos comportamentais na vivência em sociedade, desde cuspir
para o chão, urinar nos sítios mais variados, atirar papéis para o chão e
tantos outros.
Mas,
o que mais me impressiona é esta forma de estar, não solidária e mercantilista
que nos caracterizou ao longo de séculos de história.
Vem
a propósito falar das mortes na Moita, numa largada de touros.
Declaração
de intenções: SOU CONTRA TODA A FORMA BÁRBARA DE UTILIZAR QUAISQUER ANIMAIS
PARA DIVERSÃO SANGUINÁRIA.
Depois
desta declaração, o que mais me impressionou foi a desfaçatez, com que um
elemento da organização veio dizer que não via motivo para serem canceladas as
largadas de touros porque, havia muito dinheiro em «jogo», e que tinha sido feito
um grande investimento financeiro nas largadas.
ESPANTO
DOS ESPANTOS.
Não
posso acreditar que, no século XXI, alguém coloque os interesses financeiros
acima do respeito que a condição humana deve merecer.
Mas,
quem faz da barbárie com os touros uma festa, provavelmente que para essa gente
a vida humana VALE COISA NENHUMA.
Uma
curiosidade: gostaria de ter acesso ao processo instaurado pelas autoridades.
Deve ser do mesmo teor dos acontecimentos.
BÁRBARO!