quarta-feira, agosto 22, 2007

A propósito de.......MILHO


Não, não vou falar do caso do milho transgénico.
Tudo o que havia para dizer, está dito.
Miguel Sousa Tavares, ontem na TVI, disse tudo!!
Vou isso sim falar de outros milhos.......
Milho para passarões.
O primeiro tem a ver com a alegada corrupção na Refer/ Sobrefacturação e pagamentos de trabalhos não executados que passaram, por três administrações, sem que os responsáveis tenham sido punidos.
Diz-se, dizem sempre o mesmo, que há a presunção de inocência.
Mas, o difícil de explicar é quando se lê que a Inspecção-Geral de Obras Públicas, entre outros exemplos, referindo-se à factura de 330.691,53 euros apresentada por uma empresa à REFER, considera que «as horas de máquinas e de mão-de-obra pagas pela Refer corresponderiam nesse período [11.12.2000 a 5.01.2001] a mais de 24 horas de trabalho/dia, incluindo sábados, domingos e feriados.
Espanto dos espantos? Talvez não.......
Só mesmo a presunção de inocência, bem de ver!!!!
A IGOP considera que «não obstante o elevado valor de dinheiros públicos que, desta forma ligeira e pouco transparente, saíram dos cofres da Refer, esta questão manteve-se "adormecida" no seio da empresa pública durante três anos e meio».
Todos já percebemos que neste País, as administrações contituídas por «agentes» políticos, são imunes a quaisquer responsabilidades.
Ou seja, milho para passarões.
Quantas vidas não teriam sido poupadas se a CP/Refer acabasse de vez com as passagens para peões.
O Pare, Escute e Olhe continuará a ser o fim trágico de muitos cidadãos.
O dinheiro não chega para tudo, pois é!!!!
Outro milho, mas de outra procedência..........
O PSD recebeu 233 mil euros de uma construtora, a Somague, quando os donativos de particulares aos partidos não podiam ultrapassar, em 2002, os 10 mil euros.
Está provado, por declarações da própria empresa, que esta serviu de intermediária ao «negócio».
Ficou-se a saber que a facturação à Somague foi feita a pedido do então secretário geral adjunto do partido, J. Arnaut.
O mesmo secretário-geral adjunto que mereceu o «louvor» de ser promovido a secretário de estado das obras públicas um mês depois da «dádiva».
Mas, o chiste envolve o «fugitivo asnil» Durão, na altura primeiro-ministro e também presidente do partido, PPD/PSD.
Marques Mendes responde que não conhece o acordão do Tribunal Constitucional, que não era líder na altura, e que portanto não tem nada a dizer, ou seja, assobia para o lado!!!!
Quanto ao «asnil», o habitual, não comenta nem comentará.
Hoje as águas são outras.
«Não me comprometam, não sei de nada», será seguramente a explicação do «asnil»!!!!
J. Luís Arnaut, hoje deputado do PSD, está a «banhos» em parte incerta(?).
Que diz Cavaco a tudo isto?
Será que vai prolongar os «banhos» até que a brisa passe?
Defitivamente, os banhos quer sejam «turcos», «malteses» ou nas águas de cabo verde (lembram-se?), são o lenitivo para muitas consciências.