A
canícula vai fraca.
E,
a crise aperta!
Nunca
se viram tantos portugueses a gozarem as suas férias… por casa!
E,
resta à grande maioria dos portugueses a televisão.
Só
que a televisão que nos vão IMPONDO é tudo menos informativa e, muito menos formativa.
Ontem,
dia da graça de 18 de Agosto de 2014, os noticiários das televisões da
«pimbalhada», exemplo do que este país se transformou: IGNORANTE E RESIGNADO «abriram» com um rol sem fim de crimes.
Quem
teve o «azar» de «comer» a informação dos jornais das 20 horas, hora dita «nobre»
das audiências, teve que assistir àquilo que uma televisão, seja ela privada
ou pública, não deve nunca ser: demagógica e populista.
Os
noticiários abriram TODOS, sem excepção, com presumíveis assassinatos, maus tratos
a crianças e jovens.
Um verdadeiro exemplo do «ceguinho», do século passado, de óculos escuros, a
tocar o acordeão, com uma criança, suja e andrajosa pela mão, percorria as
carruagens de um qualquer comboio a pedir a esmolinha para a Rosa. A Rosa, na
cantilena do ceguinho, era descrita como uma moça que saiu da sua aldeia e foi
servir para o Porto. Só que serviu pouco. Serviram-se mais dela por todos os
motivos e o que mais comovia os passageiros era aquela parte em que se falava
da violência com que a Rosa tinha sido violada.
Era
uma verdadeira história de faca e alguidar que emocionava tudo e todos, aqui e
ali com algumas lágrimas nos olhos dos mais enternecidos. E, lá ia a moedinha
parar à mão suja da pobre criança que acompanhava o «ceguinho».
Ontem,
percebi como o «ceguinho» dos tempos modernos é esta corja comandada por abutres
da informação que querem comandar o nosso ser, estar e saber.
Falou-se
por exemplo, do caso da menina que foi queimada. Logo foram à rua onde a
tragédia aconteceu, entrevistar vizinhos, merceeiros, taberneiros e outros que
tais para que a notícia fosse mais incisiva e tendenciosa. E, a páginas tantas,
aparece um desses «informadores», dos que que escrevem livros da treta e da teta, que vendem aos
milhares para portugueses incultos, a dizer que existe uma relação entre estes
fenómenos e as férias.
Que brilhante conclusão!
És um acéfalo e porco.
Seria o
mesmo que concluir que sendo o verão a época em que se vendem mais gelados e
existem mais incêndios, que existe uma relação entre o consumo de gelados e os
incêndios.
ÉS UMA BESTA!!
ÉS IGUAL AO COCHINO!
Mas,
logo a seguir, para completar o ramalhete, lá apareceu a pedopsiquiatra, aquela
com cara de freira da confraria da senhora do coito, a dizer que não são as
férias que motivam tais comportamentos mas sim a ausência delas, ou seja o
facto das condições financeiras dos portugueses estarem cada vez mais
degradadas e não terem dinheiro nem para o bilhete do autocarro para a praia dos tesos.
Pelo
menos alguma coisa disse, não foi muito, mas emendou o CRETINO.
Onde
é que esta piolhagem tirou os cursos?
Pois…
no folclore das universidades privadas, bem de ver!