A
hipocrisia que comanda este mundo é assustadora, assassina e prejudica gravemente o bem-estar e, o desenvolvimento das nações.
Vem
tudo a propósito do vírus do Ébola.
Esta
epidemia começou no século passado, mais concretamente em 1976. A febre
hemorrágica surgiu em Nzara, no Sudão e em Yambuku, no Zaire (actual República Democrática
do Congo), localidade próxima do rio Ébola.
Enquanto foi um problema dos países
pobres e miseráveis da África, a dita civilização ocidental manteve-se quieta e
muda. Não tossia nem mugia. Apenas se importava com o saque às riquezas
naturais dessas nações.
Vacina e tratamento não interessava procurar pois, como
iriam os povos daquele continente pagar tais investigações?
A taxa de
mortalidade atingiu os 90%.
Mas
alguém se preocupou com a doença?
Os
surtos ocorriam em aldeias da África central e ocidental, próximas de florestas
tropicais e, dizia-se que o vírus era
inicialmente transmitido através do contacto com animais selvagens e depois
propagado entre os humanos.
Mas, ao certo NADA se sabia do vírus.
Dizia-se que a
contaminação dos animais para os humanos ocorria pelo contacto com sangue,
secreções, órgãos e outros fluídos corporais dos animais infectados.
Ou seja a
higiene, a educação para a saúde não existia, nem era importante que esses
povos a tivessem.
A
hipocrisia de todo este caso do vírus do Ébola levanta várias questões que
importa ter presente quando se fala de epidemia.
A
epidemia existe porque os países onde o vírus se desenvolveu são pobres, os
seus habitantes vivem abaixo do limiar da pobreza, as classes dirigentes são
corruptas e quaisquer tentativas para combater a epidemia esbarra em práticas
ancestrais de curandeiros com recurso a produtos naturais sem o rigor do
conhecimento científico.
Hoje sabe-se que o começo do ataque à epidemia começa
com o isolamento do doente.
Onde é possível fazer tal profilaxia em países
africanos?
Onde e como?
Se as ajudas humanitárias e principalmente os apoios
financeiros que possam ser conseguidos 98%, segundo as ONG’s, não chegam às
populações. Ficam pelos governos corruptos e pelas organizações locais que
nada têm a ver com auxílio humanitário.
Falar-se
que em 2015 haverá no mercado uma vacina para combater o Ébola é um avanço
civilizacional mas, infelizmente, vem tarde para milhares de cidadãos do mundo.
Demorou
38 anos a ser comercializada.
Mas, não basta a sua comercialização, importa
saber se algum dia ela será aplicada nas populações que realmente a necessitam.
Ou
será mais uma forma da dita civilização, se auto proteger das pragas vindas de
regiões que continuarão a viver na mais profunda miséria?
Ainda
não perceberam que só com a melhoria das condições de vida das populações,
epidemias destas acabarão por desaparecer.
NÃO
PERCEBEM QUE METADE DO QUE É GASTO EM ARMAMENTO, O DESPERDÍCIO DA CLASSE
DOMINANTE, UMA TAXA DE 2% APLICADA ÀS MAIORES RIQUEZAS MUNDIAIS DARIA PARA
REDUZIR DE FORMA SUBSTANCIAL A POBREZA DOS POVOS!
MUNDO CÃO!