terça-feira, fevereiro 18, 2014

Gostei de ler



A não perder humor corrosivo

Alfredo Barroso  A senhorita Maria Luís é como o armeiro branco da anedota...
   «Este governo não tem nada contra os funcionários públicos nem contra os pensionistas», disse a inefável ministra das Finanças, senhorita Maria Luís Albuquerque, explicando que o alargamento da famosa Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) justifica-se pela «necessidade de garantir a sustentabilidade das contas públicas».
Esta extraordinária declaração da senhorita Maria Luís fez-me lembrar uma famosa anedota, que, por acaso, me foi contada pela primeira vez pelo Raul Solnado, num jantar de aniversário, há mais de 20 anos, e que reza mais ou menos assim:

Numa cidade do sul dos EUA, um preto entra numa loja de venda de armas, é recebido ao balcão pelo armeiro branco dono da loja, vai olhando para as armas expostas nas vitrinas e vai perguntando:
- O senhor tem uma pistola Beretta?
- Não tenho, não senhor!
- E tem uma Walther?
- Não tenho, não senhor!
- E tem uma Smith & Wesson?
- Não tenho, não senhor!
- E tem uma espingarda Remington?
- Não tenho, não senhor!
- E tem uma Brownning?
- Não tenho, não senhor!
- E tem uma Kalashnikov?
- Não tenho, não senhor!
- E tem uma pistola-metralhadora UZI 9MM?
- Não tenho, não senhor!
- E tem uma Breda M37?
- Não tenho, não senhor!
- E tem um lança granadas de espingarda Energa m/953?
- Não tenho, não senhor!
- E tem um lança granadas Battlefield 4 MGL?
- Não tenho, não senhor!
- E tem uma BaZuka by runie84?
- Não tenho, não senhor!
- Oiça lá, o senhor tem alguma coisa contra os pretos?
- Tenho, sim senhor! Uma Beretta, uma Walther, uma Smith & Wesson, uma Remington, uma Brownning, uma UZI 9MM, uma Breda M37, um Energa m/953, um Battlefield 4 MGL, uma BaZuka by runie84, e ainda, se for preciso, um Canhão Sem-Recuo de 106MM!

A senhorita Maria Luís também não tem nada contra os funcionários públicos e contra os pensionistas, a não ser a Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES), os cortes brutais nos salários e nas pensões, o aumento dos impostos e das contribuições para a ADSE, a diminuição dos subsídios de doença e de desemprego, assim como das comparticipações nos medicamentos, o aumento das taxas moderadoras no SNS, etc, etc, etc...