segunda-feira, fevereiro 24, 2014

As desvantagens de uma privatização



Factura da água pode subir com privatização do lixo!!1
Até meados de Maio, devem ser recebidas as propostas de compra da empresa do grupo Águas de Portugal, que representa o Estado em 11 sistemas multimunicipais de gestão de resíduos.
As razões apontadas para justificar a operação – a que se deverá seguir a abertura a privados do sector da água – são contestadas num estudo realizado pela Unidade de Pesquisa Internacional de Serviços Públicos da Universidade de Greenwich, no Reino Unido.
Em França, os preços aumentaram 15% após a concessão dos sistemas de saneamento a privados.
Só que o Governo português tem uma visão diferente, como sempre....: “As regras previstas no novo regulamento tarifário de gestão de resíduos requerem que as entidades gestoras funcionem num contexto de melhoria contínua de eficiência(???), com elevados incentivos a uma gestão mais criteriosa das infra-estruturas(???) e dos custos da operação(???)”, garantiu a um jornal diário, fonte oficial do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia (MAOTE).
Regras estas que, assegura a «fonte», “irão beneficiar claramente os utilizadores, uma vez que tendem a contribuir para a redução dos custos inerentes às várias fases das actividades de recolha e tratamento de resíduos, e consequentemente para a redução das tarifas”.
CONVERSA!!!! ALDRABICE!!!!
Segundo o gabinete do ministro Jorge Moreira da Silva, tem havido um “interesse significativo” de investidores nacionais e estrangeiros na privatização. Há empresas chinesas a posicionarem-se como potenciais compradores neste negócio milionário, prestes a ser cedido pelo Estado.
Ora, como era de supor.... chineses ou angolanos nos negócios.....
A perda de negócio do Estado é precisamente um dos problemas levantados no estudo inglês ‘Gestão de Resíduos na Europa: o contexto europeu, o papel das parcerias público-privadas, eficiência e estimativas’. Elaborado pelo especialista David Hall, deixa um aviso para a presença de privados no sector de resíduos, nomeadamente através de parcerias público-privadas: “Não são uma fonte alternativa de rendimento: o Governo paga”, observa.
Além disso, “o sector privado tem tendência à concentração, e as grandes companhias têm a maior quota do mercado”. Aliás, as próprias companhias dizem “necessitar de mais operadores municipais para gerar competitividade”. Também na eficiência, “as provas empíricas não apoiam o pressuposto de que o sector privado é mais eficiente”, observa Hall. E há também problemas legais. O expoente máximo deste risco é a Bulgária, onde muitas empresas “são próximas de grupos de crime organizado e utilizadas para financiar partidos políticos”, refere o especialista energético.
A perspectiva de processos demorados na Justiça é um dos ‘fantasmas’ da privatização da EGF. Na Figueira da Foz, onde o abastecimento de água foi concessionado a privados, por exemplo, “corre uma acção em tribunal há sete anos contra os serviços mínimos cobrados ilegalmente, e ainda não há qualquer decisão”, conta ao SOL Mário Frota, da Associação Portuguesa de Direito do Consumo. Agora, diz, “não temos qualquer garantia de ser bem servidos por esta privatização”.
Riscos da privatização:
Preço
Em França, preços aumentaram 15%, após concessão a privados do sistema de saneamento
Eficiência
Os estudos não mostram qualquer evidência que suporte o argumento de que os privados são mais eficientes.
Concentração
Em França, 75% dos serviços privados estão em duas companhias. E em Espanha, 72% estão em três.
Justiça
Risco de processos demorados em tribunal e de ligação das empresas do sector a interesses partidarios.
Face ao estudo em apreço ainda mesmo assim há uma corja de acéfalos que quer privatizar.
A BEM DA NAÇÃO (deles)!!!