“Um recluso da cadeia da Carregueira foi violado por três
colegas de cela, três dias consecutivos, numa espécie de “praxe de
boas-vindas”, tendo sido obrigado a tratamento médico.
O Ministério Público
está a investigar.” – escreve o Jornal de Notícias.
Não sei o que
está a investigar o Ministério Público mas para lá das responsabilidades de
cada um dos agressores seria importante que se percebesse não só como foi isto
possível mas como foi possível que acontecesse durante três dias. Durante três
dias nenhum guarda passou por ali? Durante três dias aqueles homens estiveram
incomunicáveis? Durante três dias ninguém viu nem ouviu nada? Ser preso não
pode significar passar a viver numa realidade alternativa onde impera a lei do
mais forte.
Quando alguém é detido a responsabilidade pela sua vida e pela sua
segurança passa para o Estado.
E não é de modo algum aceitável que este Estado
que todos os dias inventa mais um detalhe para se meter nas nossas vidas se
demita da mais elementar das suas funções: garantir a segurança dos seus
cidadãos, nomeadamente daqueles a que privou de vários direitos.
Por fim mas
não por último seria também importante que o Ministério Público investigasse a
existência nas prisões daquilo a que os jornalistas frequentemente se referem
como “praxe de boas-vindas” e que só é referida como se se tratasse de uma
fatalidade porque quem assim pensa, fala e escreve não pensa que um dia pode
ser preso ou pior que pode ver os seus filhos numa cadeia.
In «http://blasfemias.net/2014/02/25/e-sobre-estas-praxes-nao-tem-nada-a-dizer/»,
acedido em 25 de Fevereiro de 2014.
Gostei de ler.
E agora, os acérrimos defensores da ilegitimidade das praxes universitárias calam-se perante tamanha MONSTRUOSIDADE??
É que estas «boas vindas» também são praxes!!!
E tu, paspalha e cadavérica Paulinha Teixeira da Cruz NADA DIZES???
Pois, já sabemos....o país está bem, os portugueses é que não!!!
Sobre a actuação do Ministério Público e forças ditas de «segurança» estamos conversados.
INCOMPETENTES!!!