Há uns dias o ministro da administração interna, o ministro das «bocas de incêndio», pedia para que os portugueses não lançassem foguetes.
Imagine-se a cretinice do pedido.
Então, tempo de festas e romarias de norte a sul, do litoral ao interior, não há aldeia, vila, cidade ou lugarejo que não lance os seus foguetes.
De manhã, alvorada com foguetório.
Ao meio-dia, na missinha da senhora do Coito!!
Depois, no almoço da confraria da mesa e dos membros da junta, com as autoridades presentes!!
A meio do almoço e, antes da abertura da pipa oferta da Dona Gertrudes a «santinha» dos pobres, nova descarga e, bem valente, pois então, que a oferta merece tal distinção!!
Depois, a procissão dos andores pela aldeia!!
Antes e depois das ofertas do chouriço, do salpicão e do centeio que a tia Maria ofereceu à santinha padroeira.
Pela noite fora, antes, durante e depois do artista convidado, o Tony, cantar para o pessoal.
Cantor afamado, dizem por lá!!
E, por fim, mais foguetes que vai começar o baile.
A malta gritou e até o padre ajudou carago, aperta, aperta com ela, carago, que ela deita-se!!!
Com tantos foguetes, quem manda proibir tais descargas???
O que o ministro Ruizinho Pereira não disse, porque não quis, é que que a lei proíbe o lançamento de foguetes.
Este ministro é só, mais um incompetente.
Senhor ministro faça cumprir a lei, só isso.
Mas, essa parte é mesmo mais difícil, não é verdade?
Claro, então não é, custa votos e devotos à senhora do coito.