Um construtor civil admitiu no julgamento em que o presidente da Académica é acusado de corrupção que entregou 300 mil euros de donativos ao clube, na expectativa de ver despachados mais depressa os processos que tinha pendentes na Câmara de Coimbra, onde José Eduardo Simões era responsável pelo urbanismo.
“Se eu ajudava a colectividade e ele sabia disso, também não tinha prazer nenhum em que os meus assuntos ficassem parados”, referiu Joaquim Antunes dos Santos. “Depois dos donativos ele disse que ia despachar os seus processos?”, questionou a juíza, presidente do colectivo, ao que o empresário respondeu: “Não, mas também não precisava. Como se diz na minha terra, uma mão lava a outra”.
Como “precisava que as coisas andassem mais rápido” na autarquia, foi “nesse espírito” que entregou a José Eduardo Simões os donativos para a Académica. As entregas foram feitas sempre no edifício da Câmara, afirmou ainda Joaquim Antunes dos Santos.
Na sessão do julgamento foi ainda ouvido, na qualidade de testemunha abonatória, Almeida Santos, histórico do PS, que considerou a acusação do Ministério Público “inconciliável” com a ideia que tem de José Eduardo Simões. “A imagem dele é o inverso disso”, frisou, acrescentando: “Às vezes até é rigoroso de mais em matéria de seriedade de contas”.
Assim falou o «príncipe» da democracia!!!
O tal que deu nome à sala da Assembleia Municipal da Guarda.
O construtor Joaquim dos Santos assumiu que deu quase 300 mil euros à Académica, em 2004 e 2005, para que a Câmara de Coimbra despachasse de forma célere as questões que ali tinha pendentes, sobre a Urbanização Quinta das Lágrimas, na mesma cidade.
O depoimento foi, até agora, dos que melhor serviram a tese do Ministério Público, que acusa José Eduardo Simões de “mercadejar” o cargo de director municipal de urbanismo de Coimbra, entre 2003 e 2005, para obter financiamento para a Académica, a que, simultaneamente, presidia. Simões responde por nove crimes de corrupção passiva.
Antes de fazer donativos, Joaquim dos Santos soubera que o director municipal “se prestava” a despachar mais rapidamente os processos de quem financiava a Académica, contou.
A juíza perguntou, então, se Simões lhe viria a prometer, explicitamente, aquela rapidez. “Não, mas também não precisava. Como se diz lá na minha terra, uma mão lava a outra”, respondeu o construtor da zona de Ansião.
Toma que é democrata!!!
Assim vai o urbanismo das câmaras.
Que democracia por aí vai!!!!
E, com princípes a prestarem-se a este tipo de depoimentos então, a democracia só fica eternamente grata!!!