Sabe de Hegel, de Sartre, de fenomenologia
mas andou na Rua da Sofia.
É inteligente, arguto, viajado
mas vive sempre com a aldeia ao lado.
Que há nestes portugueses que é como um sarro azedo,
um cheiro de vinagre ou carrascão de medo,
a que se agarram quais lapas ao Penedo da Saudade?
Não há filosofia
que salve quem andou na Rua da Sofia.