quinta-feira, julho 29, 2010

Nós por cá....MAL

Já só restam cerca de 200 escolas do 1.º ciclo abertas com menos de 21 alunos.
Os 701 fechos deste ano abrangem dez mil estudantes.
No espaço de cinco anos, entre 2005/2006 e o próximo mês de Setembro, terão encerrado mais de 3200 escolas do 1.º ciclo com poucos alunos.
Uma "reorganização" da rede lançada pela anterior ministra da Educação, e que a actual detentora da pasta, Isabel Alçada, aproximou do seu fim com o anúncio, de que mais 701 escolas do 1.º ciclo já não abrirão portas no regresso às aulas.
A extinção de escolas do 1.º ciclo, de reduzida dimensão, já era assumida como meta desde 1984, no governo de Santana/Portas, mas só no primeiro governo de Sócrates teve desenvolvimentos visíveis.
Entre 2005/2006 e 2007/2008, Lurdes Rodrigues assumiu a cruzada contra o que «baptizou» de "escolas do insucesso" - com menos de dez alunos ou resultados escolares negativos -, fechando cerca de 2500 escolas do 1.º ciclo. 
Em simultâneo, foi viabilizada, com fundos comunitários, a construção de 600 centros escolares integrados (preferencialmente só para o pré-escolar e o 1.º ciclo), dos quais uma centena estará pronta.
O processo parecia ter chegado ao fim. Porém, em Junho, invocando uma taxa "muito superior" de insucesso nas pequenas escolas, o Conselho de Ministros aprova a Resolução 44/2010, alargando o lote a estabelecimentos com menos de 21 alunos.
As projecções do Governo apontavam para a existência de 900 escolas nessas condições.
Entretanto, após as primeiras manifestações de descontentamento, nomeadamente da Associação Nacional de Municípios (ANMP), a meta de fechos baixou para as 500.
O valor final fixou-se nas 701 - segundo disse a ministra, Isabel Alçada, na sequência de "propostas das próprias autarquias".
Parte das escolas agora encerradas - o Ministério da Educação não divulgou quantas - tinha mais de 21 alunos, e o seu fecho já estava previsto, porque as câmaras tinham entretanto construído os centros escolares.
Por outro lado, houve autarcas que recusaram até ao fim acatar a ordem.
Mas, feitas as contas, restarão actualmente pouco mais de 200 escolas do 1.º ciclo, de pequena dimensão.
Os alunos a «transportar» serão de 15 mil no caso do encerramento se verificar em 900 escolas do 1º ciclo.
Este é que vai ser o problema.
Já para a ministra da educação "o relacionamento de proximidade entre a família e a escola vai manter-se"(???) e que "a actual rede viária é adequada"(???), rejeitando que as deslocações serão mais demoradas. 
Esta gente não sabe, não conhece a realidade do país.
Desconhece o estado das estradas; desconhece a forma como os alunos são «transportados», mais parecem enlatados; desconhecem que as empresas transportadoras não cumprem, nem as autoridades obrigam a cumprir, a legislação sobre transportes escolares.
Esta gente só conhece o ar condicionado dos carros ministeriáveis.
Dizem «os inteligentes» que o encerramento das escolas dar-se-á por razões de melhoria de condições!!!
Será???
Não é nada. NÃO MINTAM!!! A vossa lógica é a redução de custos. Quem abandonou e deixou degradar o equipamento escolar? Os habitantes?? Com que objectivo se foi deixando chegar a estrutura ao estado decadente em que se encontram as escolas ditas centenárias?
Percebem???
Mas, não é só o encerramento das escolas do 1.º ciclo que está a ser forjado.
Anuncia-se, com o encerramento de escolas do 1.º ciclo e a criação de 84 novas unidades de gestão, que vão agregar estabelecimentos do pré-escolar, do ensino básico, e do ensino secundário uma nova organização escolar - os mega agrupamentos.
Outra confusão para complicar ainda mais a rede escolar.
E os mega agrupamentos servem os interesses de quem?
Melhores condições??? De quê?
Entendido.
Esquecem-se que poupar na educação, no elevar o nível de ensino, é aumentar a iliteracia e a ignorância.
Para alguns, o ideal!!!
Carneirinhos bem mandados, tão bom para governar!!!! Caladinhos, resignados e entregues à frase patética, parola e provinciana do.......«É o ciclo da vida»!!!!
Ciclo menstrual??? Mensal??? Só nas mulheres e antes da menopausa......já é altura de chegar!!!
Velharia, balofa, anacrónica e podre com cheiro a naftalina.
Pergunta-se, com toda esta «reorganização», onde cabem as célebres Cartas Educativas que foram pagas a peso de ouro a uns quantos «iluminados»???
Milhares e milhares de euros esbanjados nos «célebres estudos», que com uma base de dados do Access e com uma conversa fiada de reorganização, formalizavam uma «rede» que apenas foi cana de pesca para uns quantos se governarem.......e aumentar a dívida das autarquias.
Bom negócio .... para uns quantos!!!!