sexta-feira, julho 09, 2010

O despesismo acelera

Quando, cada dia que passa, a grande maioria dos portugueses vai apertando até onde pode o cinto, outros há que esbanjam a seu belo prazer os ditos parcos recursos financeiros.
São parcos para muitos portugueses para outros tudo é despesismo.
Vem a propósito as despesas elevadas que um Governo Civil da Guarda vai acrescentando à dívida pública.
Esbanjam-se, assustadoramente, recursos quer seja na dita comemoração da República quer na aquisição de automóveis topo de gama.
Dezenas e dezenas de iniciativas sucedem-se a um ritmo alucinante, com almoços, jantares e passeios.
Em quanto vai a despesa de tanta festança?
Vergonhoso, num distrito em que tudo falta.
Pior, muito pior é que as tais celebrações realizam-se para uns poucos cidadãos que, se arrastam sonolentamente, pelas cadeiras de umas salas vazias, engalanadas com bandeirolas e às quais nem o «toque-se o hino» faz avivar o espírito republicano.
Faz lembrar uma monarquia constitucionalista, velha, labrega e caduca onde os olhos e ouvidos do reizinho tudo registam.
Mas, se o despesismo das comemorações da República são preocupantes que dizer dos conteúdos e oradores convidados?
Faz pensar que República estes signatários comemoram?
Já não basta as despesas que um alcaide, se faz pagar, ao deslocar-se com toda a corte, todos os dias, de Gouveia para a Guarda e no percurso inverso.
E para quê?
Ser ouvidos e olhos de um reizinho?
Acabe-se com tamanha patranha e já!!
Alcaides, em Portugal, na monarquia. Não fazem sentido numa República. Ou será que a república deles é travestida? Parece!!!
Já agora no site oficial do GC da Guarda só se encontra, pasme-se, o relatório de Actividades de....2008.
Por onde param os outros?
Já agora refira-se que o dito, relatório, entenda-se, tem o beneplácito régio do senhor ministro do reino Rui Pereira e, com a distinção de...BOM!!!
Claro, lambem as feridas uns dos outros, mesmo as cavernosas.
Já o QUAR, Quadro de Avaliação e Responsabilização de 2010, aprovado pela tutela, como é dito, e cuja «missão» é o de apenas assegurar  o suporte logístico, técnico e administrativo ao «exercício de competências» do Governador Civil,  o financiamento dos nossos impostos é de 825 630 milhões de euros.
Só!!!
Pois então!!!
O QUAR de 2009 tinha um orçamento previsto no valor de 0,788 milhões de euros.
O QUAR de 2008 tinha um orçamento previsto no valor de 0,731 milhões de euros.
Arrota pelintra!!!
Porque não se acaba com a mama destas instituições, elas sim resquícios da ditadura?
Por alguma coisa é!!!
Bem de ver, claro.