terça-feira, outubro 09, 2007

Hasta la Victoria Siempre!


Ernesto Che Guevara, foi assassinado há 40 anos, na selva da Bolívia, a 9 de Outubro de 1967.

Che Guevara não foi apenas um guerrilheiro heróico, um combatente que deu a vida pela libertação dos povos da América Latina, um dirigente revolucionário que - feito sem precedentes na história - deixou todos os seus cargos para voltar a pegar na espingarda contra o imperialismo. Foi também um pensador, um homem de reflexão, que nunca deixou de ler e de escrever, aproveitando qualquer pausa entre duas batalhas para pegar na caneta e no papel. O seu pensamento torna-o um dos mais importantes renovadores do marxismo na América Latina, talvez o mais importante depois de José Carlos Mariátegui.

As suas ideias, os seus valores, a sua teoria revolucionária, o seu marxismo crítico, a sua coerência na vida, os motivos essenciais da sua acção, a inspiração político-moral da sua prática, o fogo sagrado que o movia, mantém-se vivo e actuante 40 anos depois do seu assassinato.
Não se trata de voltar atrás e procurar nos escritos de Che a resposta a todos os nossos problemas actuais. Mas a verdade é que os povos continuam, hoje como ontem, sob o domínio do imperialismo; que o capitalismo, na sua forma neoliberal, continua a produzir os mesmos efeitos: injustiça social, opressão, desemprego, pobreza, mercantilização dos espíritos.
Pior: nunca no passado o grande capital financeiro multinacional exerceu um poder tão esmagador sobre o conjunto do planeta.
Nunca, como agora, conseguiu o capitalismo afogar todos os sentimentos humanos nas "águas glaciais do cálculo egoísta".
Por isso precisamos, hoje mais do que nunca, do marxismo do Che, de um marxismo antidogmático, ético, pluralista, revolucionário, humanista.
No século XXI, quando já estiverem esquecidos os ideólogos neoliberais que hoje ocupam a cena política e cultural, as novas gerações lembrar-se-ão ainda do Che, do seu combate e das suas ideias.
Hasta la Victoria Siempre, companheiro, camarada.