domingo, outubro 07, 2007

As amarguras de uma unidade de saúde


O Hospital distrital, Sousa Martins, na Guarda, continua a viver(?) momentos difíceis.

Para além das instalações miseráveis, do estado deplorável de uma sala que chamam, pomposamente, de Bloco Operatório, que tem infiltrações de água; de enfermarias que fazem lembrar, hospitais de campanha da 1.ª Guerra Mundial. Um serviço de urgências onde só se pode estar de guarda-chuva aberto, tais são as infiltrações que ocorrem quando há mau tempo.
Agora, ficou-se a saber que a Unidade de Cuidados Intensivos fechou.

Fechou, ao que dizem, para obras.
Lembra aqueles anúncios colocados à porta dos estabelecimentos comerciais.....Fechado para obras - A Gerência.
Mas, ficou-se igualmente a saber que a instalação eléctrica do hospital está no limite.
Dizem que os cabos não aguentam mais carga eléctrica.
Ou seja, um dia destes vamos ter o hospital a funcionar a ................velas de estearina!!!
Sim porque de velas já há muito que o hospital as tem!!!
Segundo os responsáveis máximos do hospital, a Gerência, outro problema é a falta de saneamento ...............para realizar a descarga das casas de banho!!!!
Ou seja, defeca-se de mais no hospital.
Não há capacidade de resposta para tanto obrar.
Mas de obras de remodelação e ampliação do hospital, anunciadas com pompa e circunstância, direito a cortejo pela cidade, como de uma corte se tratasse, a anunciar a carta de foral, diz a gerência, que o projecto está no gabinete de arquitectura, responsável pela sua elaboração.
Só em Junho, do próximo ano, será entregue(?), seguindo-se o processo de concurso da obra, se até lá não existir falta de descarga, claro está!!!
Do que a Gerência não se esqueceu foi de emoldurar o «projecto» e faustosamente decorar as paredes do átrio do hospital.
Bonito. Bonito de se ver!!!
É disto que o meu povo gosta!!!
Fachadas, propaganda e........ mau, péssimo gosto.
Faz lembrar uma sala de estar à portuguesa, com a televisão que tem por cima uma renda de argolas com uma jarra de flores de plástico!!!
Uma casa portuguesa, com certeza!!!