Portugal casto: aulas de cidadania sim — mas só até à cintura!
É evidente que estamos e estaremos contra a retirada da educação sexual da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento.Frontalmente contra.
O argumento de certa canalha que defende a necessidade de retirar a carga ideológica da disciplina é mais uma questão falaciosa e evangélica. Dizer-se que a educação sexual, tal como está a ser ensinada às crianças, nem falam nos jovens, faz a propaganda de uma patologia que se chama disforia de género é uma forma encapotada de tratar o tema como assunto tabu.
A canalha deve querer uma abordagem angélica do tema, do pecado no paraíso celestial com a Eva, o Adão e a serpente.
E que tal a educação sexual abordada em sessões tipo catequese, paga a freiras, padres e outros que tais com o dinheiro dos contribuintes?
Imbecis!
A educação sexual deve fazer parte do conjunto de aprendizagens essenciais que estavam previstas na Educação para a Cidadania e Desenvolvimento que previnem riscos. Riscos que estão muito presentes na vida das crianças e jovens, como o abuso sexual, a violência no namoro e a gravidez precoce.
O fato (no AO antigo facto) de alguns diretores de escolas públicas manifestarem-se contra a retirada da educação sexual da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento é mais uma hipocrisia.
Muitos desses diretores substituíam as aulas de Cidadania e Desenvolvimento por aulas de "apoio" a outras disciplinas, nuns casos com medo de represálias de Pais e Encarregados de Educação e seitas religiosas, noutros casos por conveniência de serviço.
Uma vez na vida tenham um pingo de vergonha, basta de submissões e de serem quadrúpedes perante os poderes, TODOS eles.
Deixem de ser hipócritas.
