Imagine
o leitor que existia na sua rua uma loja de pequeno comércio, das muitas que
vão desaparecendo, fruto do surgimento das grandes superfícies!
A
loja que me refiro teve a sua existência, por muitos e largos anos, numa rua da
cidade da Guarda.
Era
uma loja essencialmente de aparelhos eléctricos.
Fechou!
Passado
algum tempo, surgiram obras na loja e, de loja de comércio, por obra e graça dos
serviços camarários, «passou» a garagem!
Assim,
sem mais nem menos.
Ou
seja, os residentes da rua perderam mais um dos raros lugares de estacionamento
que vão existindo.
Mas,
se a alteração da denominação do local, de área de comércio para garagem levanta muitas dúvidas.
Já
o seu aspecto piroso é de todo um atentado à harmonia que se pretende na rua.
O
vanguardismo da fachada é por si só reveladora da incúria, incompetência de
quem permitiu tal estapafúrdio.
Se
não sabem eu repito quantos vezes for necessário: «as ruas, as praças, as casas, os
jardins e todos os espaços EDUCAM as pessoas»!
Será
assim tão difícil perceber isto?
Por
favor, leiam outra vez, mais uma vez e, outra ainda e tantas as vezes até
perceberem de uma vez por todas o alcance da frase!
Já
tínhamos as casas do Sócrates, agora temos este mamarracho vanguardista, digno
de ombrear com as mesmas.