Após
a «divisão» do BES em Banco Novo e Banco Velho, as associações de clientes
lesados têm vindo a promover acções de protesto visando o reembolso das
aplicações em papel comercial da Rioforte e de outras empresas do antigo GES,
que se encontram insolventes.
Em causa estão cerca de 2500 clientes, que têm
527 milhões de euros investidos nessas aplicações.
O
Novo Banco considera que, embora as pessoas lesadas pelo papel comercial
tenham "direitos que devem ser respeitados", as mesmas "não
podem agir fora do quadro da lei e contra quem não cabe e não tem autonomia
para os satisfazer."
"Assim,
mostram-se ilegítimas as iniciativas, individuais ao abrigo da designada
“Associação dos Indignados”, que insistem colocar em causa o funcionamento dos
serviços do Novo Banco ou atingir a sua reputação e a dos seus colaboradores.
O
Novo Banco reserva-se, assim, o direito de adoptar as medidas legais que se
mostrem adequadas a tais comportamentos, para além de continuar a apoiar, sem
restrições, os seus colaboradores, nomeadamente os que são ameaçados",
salienta.
Ora
o comunicado é por si só revelador da INCOMPETÊNCIA, DA MALVADEZ, DA HIPOCRISIA
E DA SAFADEZ DA AGIOTAGEM.
Desde
logo confunde dois conceitos: o da legitimidade, que não confere direitos a
terceiros de agir contra quem se sente lesado, com LEGALIDADE. Este sim, um
DIREITO que assiste aos lesados com o ROUBO DO BES, efectuado com a complacência do
Banco de Portugal, do governo, do presidente da República Ministério Público, Procuradoria-Geral
da República e polícia.
Imagine-se
a situação inversa, ou seja, um cliente da agiotagem FALHAR num qualquer
compromisso. O que resulta? Penhoras e mais penhoras, os cães soltos a dilacerarem
a carne do incumpridor, a miséria, a fome sem apelo nem agravo. Com a agiotagem
tudo é diferente. Desde logo um Banco de Portugal que em conjunto com os outros
agiotas se associam para «salvar» a pele do agiota incumpridor. Depois,
arranja-se aquela hipócrita e maquiavélica cena, do lavar das mãos do Pilatos, mudando
o nome do agiota e, ABUSIVAMENTE creditando os dinheiros e depósitos no Banco
Novo e, atirando para o Banco Velho todo o lixo tóxico.
Só
que a HIPOCRISIA vai mais longe…
Os
que foram induzidos, por figurantes mal-intencionados, a comprar papel
comercial, não vão reaver NUNCA o dinheiro e são agora acusados, por EXIGIREM o
que é deles, de arruaceiros, de ilegítimos, de prejudicarem o regular
funcionamento da agiotagem.
Ao
que isto chegou…
O
ladrão transforma-se, por decisão do Banco de Portugal e da lei deles, em
pessoa de bem.
Os
incautos cidadãos, pessoas de bem, são agora enxovalhados na praça pública, por aqueles que, de uma forma ILEGAL se apoderaram do que não lhes pertencia.
E,
a parasita da múmia anda a esbanjar dinheiro passeando-se por terras do bacalhau,
a falar de NADA E COISA NENHUMA!
QUE
TERRA DE CRETINOS SE TRANSFORMOU O REINO DA DINAMARCA!