Com os altos patrocínios do presidente da câmara da Guarda, Álvaro Amaro (AA), realizou-se a propagandeada reunião entre o poder central, representado por Nuno Crato, ministro da Educação e Poiares Maduro, ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, com representantes dos politécnicos e universidades do interior.
Para além do «show mediático» que foi a denominada «cimeira da Guarda», a promover o mestre de cerimónias AA, nada de substantivo resultou de tal «encontro».
SÓ PROPAGANDA!!!
Fartos de tangas!!!
Aliás, e mais uma vez, se verificou o princípio de «Leopardo», faz-se de conta que se está a trabalhar para que tudo fique, rigorosamente, na mesma!!!
As conclusões apresentadas são por si só demonstrativas da ineficácia de tais «cimeiras».
NADA DE CONCLUSIVO. Só conversa da treta e da teta!!! Como já vem sendo hábito, diga-se de passagem.
Já agora por que razão terão denominado tal encontro de aves e outros passarões, de «cimeira». Cimeira de quê e para quê? Os «chavões» apelativos para esconderem o trabalho que NUNCA é feito, para além do encontro e troca de galhardetes .
Analise-se a dita corte.
Desde logo estranha-se, ou talvez não, que estando presentes na reunião presidentes de alguns politécnicos, não tenha havido da parte de algum, a dignidade de questionar o ministro [C]rato sobre as suas recentes declarações no que à competência da formação obtida naquelas instituições diz respeito.
CALADOS!!!
Quem cala.....
Como querem que os politécnicos adquiram projecção e notoriedade no panorama das instituições de ensino se, quando têm oportunidade de esclarecer os assuntos, os seus representantes (cimeiros) se CALAM!!!
Já são conhecidas estas «bravuras» tipo «agarrem-me senão bato-lhe»!!!
Uma conclusão que fica é de si mesma reveladora da ineficácia de tal ou tais encontros.
Fica o «compromisso do governo» de promover a captação de estudantes e investigadores para com os politécnicos e as universidades do interior.
Brilhante forma de atirar areia para os olhos dos incautos e, música «pimba» para os ouvidos dos fiéis servidores da igreja da «alpista»!!! Mas a estes basta-lhes dizer que vai um burro a voar, neste preciso momento, para acreditarem que é mais um milagre, tal é a fé na seita e nos seus dogmas.
Promover a captação de estudantes??? Mas TODOS sabemos que não há alunos e muito menos num interior despovoado. Todos sabemos que a natalidade decresceu, resultado das políticas económicas e financeiras de uns acéfalos. Todos sabemos que desde o pré-escolar até ao secundário, a quebra de alunos foi sendo acentuada, ano após ano, e que um dia atingiria o ensino politécnico e superior. Todos sabemos que estudar, hoje em dia, ter um curso superior, é a ante câmara do desemprego ou na melhor das hipóteses EMIGRAR!!
Esta seita reunida na «cimeira» vive num mundo diferente do da realidade portuguesa. Não sabe, ou finge não saber, que estudar hoje em dia é um encargo financeiro de muita monta para a grande maioria dos pais portugueses. E, sabe a corja, que o sacrifício financeiro não é visto pela maioria dos portugueses como um investimento, mas antes um encargo (insuportável).
Já lá vai o tempo, em que um filho de um chapeleiro conseguia tirar um curso superior. Hoje isso é impossível, pelo menos de forma honesta.
Captar investigadores para o interior??? Isto é mesmo um compromisso asinino. Se o governo corta, a bem cortar, nas bolsas da investigação como e onde se vão captar tais investigadores? Na China, na Patagónia ou na Guiné Equatorial? Só pode!!! Especializações em áreas relacionadas com o território onde estão inseridas as instituições?? Estes ministros estudaram mal os dossiers. Sabe lá o Maduro ou o [C]rato que áreas existem nos territórios? Bastava uma leitura atenta ao tecido empresarial da região e perceber quão confrangedora é a situação deste interior. Empresas poucas e de dimensão reduzida. Agricultura de subsistência, onde por culpa de políticas de desenvolvimento ou pela sua ausência, os autarcas e os vários decisores apostaram na bajulação de pseudo investidores, oferecendo terrenos, água, luz e mão-de-obra escrava para, ao mínimo abanão, darem às de vila Diogo, deixando para trás miséria, autarquias falidas, salários por pagar e tudo o resto que levou e leva milhares a emigrarem, ou a imigrarem. Quando se participa numa «cimeira» o mínimo que se exige aos «faladores» é que conheçam a realidade local. É dos livros!!! Logo, FALTA DE ESTUDO dos dossiers!!!
Na reunião de salamaleques, punhos de renda e frases de salão FALTOU(??) quem questionasse a alta autoridade (ministro [C]rato) sobre fusões/agregações de politécnicos e universidades. PERCEBIDO!!!
Outra frase batida da «cimeira» foi da existência do «consenso» quanto ao facto do desenvolvimento económico do interior e da coesão territorial passar muito pela capitalização e valorização do território!!!
BRAVO, APLAUDAM ESTA FRASE FEITA.....BACOCA!!!
Coesão?? Mas como podem estes abutres virem falar de coesão a cidadãos que heróica e estoicamente vão sobrevivendo, sabe-se lá com que sacrifícios, para não abandonarem um património cultural que é um legado deixado pelos seus antepassados. HAJA RESPEITO E DIGNIDADE!!!
Valorização do território é coisa que a maltrapilha não sabe ou não quer saber. Onde está o investimento público no interior? Onde estão os meios para o desenvolvimento da região? Onde estão as linhas de caminho de ferro, linha da Beira Baixa, por exemplo? Há autoestradas para ROUBAREM ainda mais os depauperados rendimentos dos cidadãos desta região. SOMOS GENTE DA BEIRA, DUROS DE CARÁCTER COMO O GRANITO QUE NOS RODEIA, MAS CIDADÃOS PORTUGUESES. DE CORPO INTEIRO. RECUSAMO-NOS A SER CIDADÃOS DE 2.ª ou 3.º CATEGORIA.
Captar e fixar estudantes é uma falácia. Engodos e aldrabices vão vendê-los para a feira das vaidades. Aqui não moram parolos, nem provincianos. SOMOS CIDADÃOS QUE PAGAM IMPOSTOS COMO OS OUTROS E, NEM SEQUER TEMOS CUSTOS DE INSULARIDADE COMO OUTROS!!!
Falam de «apoio do governo» mas logo a seguir não se comprometem com quaisquer fundos comunitários!!!
A tudo isto chama-se ALDRABICE, BANHA DA COBRA!!!
Aliás, o ministro [C]rato foi claro quando se referiu aos cursos técnicos superiores!!!
Elucidativo.
Para o [C]rato politécnico é para formatar alunos e prepará-los para a mão de obra escrava.
Sem direito a protestarem, reivindicarem e submissos às ordens dos chefes.
A nova filosofia do trabalho na lógica neoliberal capitalista.
Por fim, o compromisso mais estapafúrdio que se ouviu naquela corte. Foi quando um [C]rato veio falar do estatuto do aluno estrangeiro, que classificou de «arma fundamental» para atrair estes estudantes para todo o país. «Este estatuto permite que as instituições tenham uma oferta específica e uma quota para estudantes estrangeiros», mas também que estabeleçam as propinas dessa oferta, referiu.
Está-se mesmo a ver os poucos alunos estrangeiros, a pagarem propinas elevadas, a terem todo o interesse em virem para as zonas do interior, sem quaisquer estruturas sociais, económicas e culturais.
Só se a «cambada» estiver a pensar atrair investidores de Las Vegas, Disneylândia e outros de duvidosa actividade para captarem os tais alunos!!!
E que alunos seriam esses.....
Compromissos de uma corte que veio à aldeia, a pensar que todos são parolos e provincianos como os que os convidaram.
Já agora, quanto custou aos contribuintes portugueses tal vinda da corte à aldeia?
Pois.....