segunda-feira, janeiro 03, 2011

A serapilheira

Terminado o tempo «festivo» volta o trabalho.
Aqui, voltamos à vaca fria, ou seja, voltemos a pecados antigos que tanto mal têm feito aos guardenses.
Voltemos ao tempo da Assembleia Municipal da Guarda, do dia 17 de Dezembro, do ano da graça de 2010.
Graça???
Pois!!!
Aqui fica a intervenção inicial para que se dissipem dúvidas sobre o que é discutir problemas do concelho!!!
Para alguns são amargos de boca em época de «passas»!!!
«Há nesta sessão da Assembleia Municipal assuntos  de extrema importância para a vida dos cidadãos do concelho desde logo pela aprovação do orçamento e as grandes opções do plano para 2011, nomeadamente.
Esses sim de extraordinário valor e interesse para os guardenses.
Mas, antes de lá chegarmos convém tratarmos de assuntos de interesse para o Município, como é figura regimental.
De verdadeiramente interessante e que determina muito do que é a vida no nosso concelho e que perspectiva e prospectiva o muito que é preciso fazer e nalguns casos mudar na vivência quotidiana. Desde logo a começar pelos políticos responsáveis que ainda fazem da política uma arte e ciência e não apenas arte circense.
Iremos falar desde logo pelo ambiente.
Um dos aspectos que entendemos ser de extraordinário valor para aquilatar do progresso do desenvolvimento humano.
Recentemente ali junto à rua António Sérgio e da rotunda denominada da Ti Joaquina verificou-se a avaria de uma conduta de esgoto. Uma situação deveras desagradável  quer para os habitantes daquela zona, como para os comerciantes e para a população em geral.
Esteve mal, muito mal o serviço da câmara no tempo que demorou em resolver condignamente a situação. E, quando hipotética e presumivelmente a situação parecia resolvida eis que lojas, casa garagens são invadidas por dejectos e águas residuais.
Lamenta-se que tão tardiamente se tenha resolvido a questão.
Depois tivemos a neve e o gelo, e com esses fenómenos os habituais constrangimentos que infelizmente e apesar  das muitas promessas continuam a condicionar a circulação das pessoas quer ao nível de peões quer de veículos.
Perguntou-se com insistência pelos meios tão anunciados para limpeza das vias.
Nada.
Um governador civil que afirmou que a Guarda ficaria equipada com os meios adequados para a limpeza rápida das estradas possibilitando uma circulação segura.
Mas de equipamentos NADA.
Lixo por recolher, caos no trânsito, correio por distribuir encerramento de escolas com a consequente perturbação da vida dos guardenses.
Depois foi dito pelo presidente Joaquim Valente que a câmara tinha gasto 10 000€ em sal.
Um exagero.
Onde foi gasto tanto sal?
Vimos isso sim uns salpicos de areia e sal só quando as televisões estavam a filmar,
De resto um autêntico caos.
Não nos venham com a fantasia da educação para a neve.
A educação é primordial e fundamental em tudo desde logo na aprendizagem que se devia fazer quando se quer tirar a carta de condução ensinar os condutores a circularem com neve e gelo.
Isso sim educação.
A outra é cidadania, e sobre esta muito havia a dizer mas em frente….
Depois alguns falam na obrigatoriedade de se utilizarem as famosos correntes.
Ou seja, falha a segurança que é obrigação das instituições que existem para o efeito, falham os responsáveis pela manutenção das artérias ao cidadão obriga-se a utilização de correntes.
Isto é a incompetência, incúria inércia e inépcia dos responsáveis obriga-nos a adquirir umas correntes.
Se calhar de um determinado modelo que é fabricado por uma qualquer empresa que patrocina ou é patrocinada por um membro de um poder qualquer.
O mesmo de sempre….
Ou seja, não nos bastavam as portagens para circularmos como ainda vamos ter de pagar mais umas correntes…..
Então e os impostos que se pagam para que servem?
O imposto automóvel, ilegal como se sabe.
O imposto de circulação.
Que mais teremos de pagar para sobreviver neste interior faixa de território já desactivada.
Mas, se quanto a circulação é o que vamos tendo que dizer da economia.
Economia relativa a desenvolvimento, neste caso regional.
Voltou-se a falar do caso Delphi.
E, não foi preciso nenhum Wikileakes denunciar a situação.
Foi conhecido e reconhecido.
O encerramento da Fábrica Delphi da Guarda teve a ver com a concentração da produção na unidade de Castelo Branco.
Preto no branco tudo esclarecido.
Afinal como se suspeitava havia fortes interesses que não foram devidamente acautelados pelos diferentes poderes.
Concentrar a produção em Castelo Branco para sobrecarregar aquela unidade e para retirar trabalho à Guarda.
Afinal simples de mais para ser indecifrável e incompreensível.
Incompetência.
E, depois os transportes urbanos.
Anunciados com pompa e circunstância direito a sessão solene e……..
Esqueceram-se do mais importante.
AS pessoas.
Os transportes urbanos existem para servir as pessoas.
É um serviço que se paga.
Só que esqueceram-se que há pessoas.
Os horários agora estabelecidos não respondem as necessidades das pessoas, nomeadamente aos horários escolares e outros trabalhos.
A montanha pariu um rato. Tanta parra para pouca uva.
E onde ficam os circuitos que ligam as freguesias e os bairros?
Um verdadeiro caos. A desordem completa.
  Por fim, mais um tema que importa dar a conhecer e que exemplifica claramente a actuação deste executivo.
O executivo mais uma vez mentiu.
Quando o Bloco de Esquerda quis que o executivo entregasse como determina a lei o relatório anual do direito de oposição, o executivo foi xutando para canto.
Ou seja desviava as atenções.
Não respondia ou se respondia as respostas eram evasivas.
Chegou-se a dizer que deputado do Bloco tinha entrado em funções em Outubro e…espanto dos espantos não valeria a pena entregar um relatório por 3 meses.
Esquecem-se os iluminados que já na legislatura anterior havia um deputado do Bloco de Esquerda nesta Assembleia Mun icipal.
O presidente Joaquim Valente chegou a dizer na Assembleia realizada no Marmeleiro que o relatório já estava na internet.
Mas o Bloco de Esquerda queria o relatório.
Finalmente e após queixa apresentada superiormente a câmara veio admitir que …espanto dos espantos por economia não havia relatório.
Economia??? De quê???
Como não há relatório a entidade superior a quem foi apresentada queixa não pode exigir à câmara que entregue o relatório solicitado ao Bloco de Esquerda.
Aqui temos de dar razão aqueles que reclamam que a constituição portuguesa já criminaliza os que cometem ilegalidades. 
Só que quem os julga???».
Para registo, agora e futuro!!!