A Câmara da Guarda em época de apertar os cordões à bolsa decidiu fazer aprovar alterações significativas ao Regulamento de Atribuição de Comparticipações à Prática Desportiva.
Ou seja, decidiu apertar os cordões às sapatilhas das colectividades.
E, tal foi o aperto que muitas delas ficarão presas na caixa de partida, ou seja não haverá corrida para ninguém, nem velocidade, nem meio-fundo nem fundo.
Tudo parado, ou pior RETROCESSO!!
Votámos contra tais alterações, ficando bem expressa, na nossa intervenção na Assembleia Municipal do dia 17 de Dezembro onde, tais apertos foram votados e....aprovados pela santa maioria, as razões que nos levaram a não concordar com tais alterações.
Aqui fica a intervenção para que não surjam dúvidas em certas mentes obscuras:
«Relativamente a este ponto começamos por concordar com o preâmbulo no que aos cortes de determinadas actividades mais encargos trazem à autarquia.
Não podíamos estar mais de acordo.
Reduzir 145 000 euros é manifestamente muito euro…..
Mas, quanto ao redimensionamento das comparticipações à prática desportiva já a coisa merece a nossa discordância.
Assim, discordamos dos cortes a aplicar nas várias formações, nomeadamente, nas escolas, infantis, iniciados, juvenis e juniores.
Já quanto aos seniores somos manifestamente favoráveis à redução dos subsídios.
Não se trata na nossa opinião de uma questão de equidade mas sim de apoio à prática desportiva nos mais jovens criando-lhes hábitos saudáveis de desenvolvimento sócio-desportivo ligado à componente da saúde.
Logo, não pode nem devem ser objecto de contenção orçamental iniciativas que envolvam os mais jovens.
Também não concordamos com o aumento exorbitante do custo inerente à utilização dos equipamentos / polos desportivos, por parte das colectividades, associações e clubes.
Só quem desconhece a vida das colectividades, nomeadamente, as de índole voluntarioso que sobrevivem graças à dedicação dos seus dirigentes que colocam a vida associativa acima de outros interesses, poderia prepetrar tais medidas.
Também queremos manifestar o nosso desacordo relativamente ao bolo que é dividido de forma diferente para o Futebol, o Futsal e as restantes modalidades.
Não deveriam ser criadas modalidades de 1.ª e modalidades de 8.ª categoria.
O interesse dos jovens pelas diferentes modalidades também se verifica pelos apoios que as mesmas merecem pelos vários poderes instituídos.
E quanto ao ciclismo???
Será que só vale a pena falar da modalidade em tempo de volta a Portugal???
E os apoios???
Lembrem-se das Bicicletas Todo o Terreno?
Onde param os apoios???
Manifestamente votaremos contra esta proposta porque quer no desporto quer na cultura os cortes não se deveriam verificar e muito menos no que à formação diz respeito».
Já agora, acrescentar que a vereação confunde prática com assistência desportiva.
Uma coisa, bem diferente é a prática das modalidades, caso vertente do ciclismo, outra é o assistir a uma chegada ou partida de uma etapa da Volta a Portugal. Que de prática desportiva NADA, mas mesmo NADA tem.
Coisas bem diferentes, entendam!!!