sexta-feira, outubro 30, 2009

Delphi no fim da linha

A deputada Mariana Aiveca reuniu com a Comissão de Trabalhadores da Delphi da Guarda.
A deputada bloquista criticou o governo de não ter tomado "medidas a montante" e já questionou a ministra do Trabalho (ler requerimento) sobre o que vai fazer em relação aos despedimentos e encerramentos de unidades da Delphi.
A administração da Delphi anunciou esta semana que até 31 de Dezembro despedirá 300 trabalhadores da unidade fabril da Guarda e provavelmente mais 200 no primeiro trimestre de 2010 (leia notícia no esquerda.net: Quase mil despedimentos na Delphi).
A deputada Mariana Aiveca, que esteve acompanhada na reunião com a CT da Delphi da Guarda pelos deputados municipais bloquistas Jorge Noutel e Nuno Leocádio, declarou à agência Lusa que o governo "não tomou qualquer tipo de medida a montante, quando já previa que esta situação viria a acontecer", pois os despedimentos estavam previstos desde Maio de 2007.
Segunda a deputada bloquista, "o Governo tem, na prática, assistido ao desmantelamento daquilo que são as empresas que criam valor acrescentado, que criam mais valia e que podem ser contributos importantes para a economia nacional".
A deputada bloquista entregou um requerimento à ministra do Trabalho e da solidariedade social onde a questiona sobre as medidas que vai tomar em relação à Multinacional Delphi perante o "anúncio de despedimentos, encerramento de unidades, redução salarial aos trabalhadores, intimidação e desrespeito pelos direitos dos trabalhadores, política cuja repercussão social e laboral porá em causa muitas famílias e até a vida de concelhos".
Segundo a Lusa, José Ambrósio, da Comissão de Trabalhadores e dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas e Metalomecânicas, informou o BE que a Delphi da Guarda "sempre foi uma fábrica de excelência e uma referência no grupo". Disse ainda que os cerca de 950 operários estão preocupados com o futuro e que no quadro da empresa "as mulheres estão em maior número".