quinta-feira, julho 08, 2010

Precários, tão só!!

Dos jovens até 24 anos que têm um emprego, mais de metade trabalha sob condições precárias.
O cálculo pertence à OCDE, para quem a recuperação económica não será forte o suficiente para que o desemprego regresse rapidamente a níveis anteriores à crise.
Contratos a prazo e recibos verdes. É assim a vida de mais de metade dos jovens portugueses que conseguiram encontrar um trabalho, já que são também eles os mais afectados pelo desemprego. Este ano, um estudo(??) do Banco de Portugal já tinha concluído que, em cada dez empregos criados, nove são precários e raras vezes se convertem em permanentes.
Agora, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), no relatório anual sobre mercado de emprego "Employment Outlook", diz que Portugal é o quarto país onde a precariedade mais atinge os jovens, sendo ultrapassado só pela Espanha, Alemanha e Polónia.
E qual a solução que esta canalha propõe?
A mesma de sempre. Não têm outra. A solução é a neoliberal: alterar as relações de trabalho.
Como se as medidas da flexibilização e da mobilidade alguma coisa resolveram ou resolvem.
Flexibilizar a lei laboral, tornando mais fácil o despedimento individual é o que o patronato quer e deseja.
Quem incomoda, RUA!!!
Esquecem-se(?) ou será que não querem perceber que o patronato vive do subsídio, do caciquismo, da pedinchice nacional do estado.
Lambe botas!!
Desde quando, a maior liberalização da lei do trabalho iria diminuir o recurso a contratos a prazo e a falsos recibos verdes?
Quando?
Que benefícios para a economia?
A flexibilização dos despedimentos, contudo, levará a mais desemprego involuntário e, os rendimentos destas pessoas baixam, quer enquanto recebem subsídio de desemprego quer quando voltam a trabalhar - sobretudo numa altura de crise como a actual.
Que dinamismo haveria se houvesse uma maior flexibilidade no despedimento?
Cada trabalhador ao sair de casa para o trabalho sabia que naquela hora, naquele momento tinha trabalho. Só que passados 10, 20 ou 30 segundos podia estar no desemprego.
Quem consegue trabalhar nestas condições psíquicas? Quem pode ter um rendimento e produtividade no local de trabalho?
Sejam sérios.
Se há precários é só porque a legislação configura tal mecanismo para EXPLORAR o trabalhador. Se é precário é só porque a lei o permite. Se desempenha uma função é porque é necessário à empresa.
Não passa a efectivo não é porque a empresa não precisa do trabalhador. É porque a empresa vai ter outro tipo de responsabilidades sociais e financeiras. Coisa que ao patronato não interessa. O lucro é mais o fim último, só mais nada.
Difícil de entender? Talvez, para acéfalos.
Portugal alterou a legislação laboral, desde o tempo do senhor Soares, o tal do capitalismo de casino, e já no ano passado no reinado de um Sócrates criando uma série de novos tipos de contrato para flexibilizar a contratação de trabalhadores
E quais os resultados??
NADA.
O PSD, que quer mudar a lei, já adiantou, por seu turno, não ter a intenção de mexer na Constituição, que proíbe expressamente o despedimento sem justa causa.
Só que defende, exactamente, o mesmo que o siamês PS. Nada muda!!!
Até ver!!!
Faz o que eu digo, não faças o que eu faço, lá miam os bichanos gatos, parecidos e iguais em tudo, até no mijar!!!